Zarattini defende auxílio emergencial de R$ 600,00 e denuncia Bolsonaro por desprezar drama de milhões de brasileiros

O líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), acusou hoje (20) o governo Bolsonaro de menosprezar o drama de milhões de famílias brasileiras ao diminuir o valor do auxílio emergencial de R$ 600,00 para R$ 300,00 durante o período de pandemia de Covid-19.

20 out 2020, 18:26 Tempo de leitura: 2 minutos, 35 segundos
Zarattini defende auxílio emergencial de R$ 600,00 e denuncia Bolsonaro por desprezar drama de milhões de brasileiros

O líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), acusou hoje (20) o governo Bolsonaro de menosprezar o drama de milhões de famílias brasileiras ao diminuir o valor do auxílio emergencial de R$ 600,00 para R$ 300,00 durante o período de pandemia de Covid-19.

“O governo continua trabalhando com a perspectiva de equilíbrio fiscal em um momento caótico como o que estamos vivendo hoje, um drama de milhões de famílias”, disse Zarattini. “São 62 milhões de pessoas e de famílias que tiveram o auxílio emergencial cortado pela metade. É fundamental que se restabeleça o valor de R$ 600,00”, completou.

Obstrução no Congresso

Ele disse que a oposição continuará em obstrução política enquanto não for colocada em votação a medida provisória (MP 1000/2020) que prorroga o auxílio emergencial até dezembro. O governo Bolsonaro editou a MP com pagamento do auxílio emergencial reduzido a R$ 300,00. O PT defende que o valor do auxílio seja de R$ 600,00.

“Não existe nada mais urgente no País do que resolver o problema da falta de recursos das famílias brasileiras”, ponderou Zarattini, ao lembrar que os preços dos alimentos sobem a cada dia com o governo Bolsonaro. “Cada dia temos uma nova notícia: é o arroz, o feijão, o óleo, a carne. Os preços aumentam nas feiras, e as pessoas têm grandes dificuldades, exatamente porque o desemprego é da ordem de 20 milhões de pessoas”.

Governo inerte

De acordo com Zarattini, o número oficial de desempregados no Brasil só cresce dada a inércia do governo Bolsonaro, que não tem política para geração de empregos e renda, já que o foco é o equilíbrio fiscal e o atendimento dos interesses do mercado financeiro.

Ele criticou também candidatos a prefeito – como Bruno Covas (PSDB), de São Paulo – que lutaram contra o auxílio emergencial local durante todo o tempo e agora defendem a medida, às vésperas das eleições municipais. Na capital paulista, o PT apresentou o projeto em abril, mas o prefeito tucano empreendeu esforços políticos para que a Câmara Municipal não o colocasse em pauta. Zarattini disse que há recursos sobrando: a previsão é de que a Prefeitura de São Paulo tenha um superávit de R$ 6 bilhões ao final do ano, sem nenhuma restrição orçamentária.

Ele disse que o PT apoiará o auxílio emergencial em São Paulo e em outras prefeituras que eventualmente venham a adotar a medida. Para Zarattini, é necessário haver um programa de geração de empregos não só em São Paulo como em todas as capitais com mais condições. “Para isso, deve haver política econômica”, sugeriu, ao criticar o governo Bolsonaro, que promove uma “política de destruição de empregos”.

Veja o discurso na íntegra:

Matéria publicada no site PT na Câmara e replicada neste canal.
Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados