Zarattini participa de Conferência Programática da Latindadd no Peru e debate relações da China com países da América Latina

Zarattini foi um dos expositores em uma mesa dedicada a debater o impacto da China na América Latina sob a perspectiva regional.

11 dez 2024, 15:44 Tempo de leitura: 2 minutos, 30 segundos
Zarattini participa de Conferência Programática da Latindadd no Peru e debate relações da China com países da América Latina

Foto: Divulgação Conferência Programática da Latindadd

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) participou em Lima, no Peru, da Conferência Programática da Latindadd: Justiça Econômica, Social e Climática para a América Latina em um Mundo à Beira da Guerra. O evento reuniu lideranças políticas, acadêmicos e representantes da sociedade civil para discutir a construção de uma agenda que responda às demandas sociais de países da América Latina, com foco na justiça econômica, social e climática, além de analisar o impacto da guerra econômica e as relações com potências como a China.

Zarattini foi um dos expositores em uma mesa dedicada a debater o impacto da China na América Latina sob a perspectiva regional. Ele destacou o papel estratégico da relação Brasil-China, que este ano celebra 50 anos de relações diplomáticas. Ressaltou também o fortalecimento das sinergias entre políticas e programas de desenvolvimento e investimentos mútuos, além da ampliação da coordenação entre Brasil e China em questões regionais e multilaterais.

O parlamentar abordou o recente encontro entre o presidente Lula e o presidente da China, Xi Jinping, durante o qual foram assinados 37 acordos bilaterais em áreas como agricultura, comércio, infraestrutura, energia e ciência e tecnologia. Os líderes dos dois países firmaram também uma declaração conjunta em que elevam o status da relação entre os dois países a uma “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável”.

Relação China e Brasil:  Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com a corrente de comércio atingindo um recorde de US$ 157 bilhões em 2023. O superávit comercial brasileiro com o país asiático, de US$ 51 bilhões, representou 52% do saldo total da balança comercial brasileira. Superando a soma das exportações para Estados Unidos e União Europeia.

O país asiatico é hoje um dos maiores investidores estrangeiros do Brasil, com mais de US$ 72 bilhões aportados no país desde 2007, segundo o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Desse total, 45% foram realizados nos setores de energia, seguido por extração de petróleo, com 30,4%.

Zarattini também abordou a iniciativa global chinesa Cinturão e Rota da Seda, lançada em 2013, que já conta com a adesão de cerca de 20 países da América Latina, como a Argentina. O projeto visa ampliar mercados para a China por meio de obras e investimentos estratégicos. 

As relações comerciais entre a China e a América Latina ganham cada dia mais importância. Mas não podem se dar apenas para manter um modelo agrário/mineral explorado. “A América Latina precisa de investimentos chineses que modernizem a infraestrutura local e que garantam industrialização com tecnologia avançada”. 

Com informações de Latindadd.org e Site do Planalto