O deputado federal e vice-líder do governo no Congresso, Carlos Zarattini (PT-SP), participou neste sábado (23) da primeira reunião do novo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizada na sede da legenda, em Brasília. O encontro marcou o início do mandato da nova direção, que conduzirá o PT pelos próximos quatro anos.
Em seu discurso, Zarattini defendeu medidas voltadas à soberania nacional e à preservação da democracia. O parlamentar ressaltou a importância de fortalecer a produção interna e de adotar políticas estratégicas para setores essenciais da economia. “O Brasil vive um novo momento nas relações com os Estados Unidos. Setores bolsonaristas clamavam por intervenção militar e hoje atuam como instrumentos de desestabilização política e econômica. Precisamos reagir à altura”, afirmou.
Zarattini também destacou as ações do governo Lula em defesa do emprego e da indústria. “As medidas emergenciais adotadas pelo governo Lula foram essenciais: proteger empregos, valorizar produtos nacionais e abrir novos mercados internacionais. Preservar a produção e a capacidade industrial é estratégico para a soberania do país. Mas precisamos avançar mais”, completou.
No seu discurso, o parlamentar defendeu que o governo adote uma política de preferência nacional estratégica e planejada. “Hoje, por exemplo, nosso setor de aviação, defesa e tecnologia ainda depende de empresas estrangeiras. É urgente fortalecer companhias nacionais, como a Embraer, e consolidar infraestrutura tecnológica própria, incluindo sistemas de comunicação e nuvem. Não podemos ficar reféns de outros países”, destacou.
O fato de empresas estrangeiras controlarem parte do sistema bancário e das nuvens de dados no Brasil foi duramente criticado pelo deputado. Ele alertou para os riscos que essa dependência representa às informações estratégicas nacionais. “Precisamos de políticas de soberania digital e de infraestrutura crítica autônoma. O governo precisa mudar esse cenário”, afirmou.
Conduzida pelo presidente nacional do PT, Edinho Silva, a reunião reuniu dirigentes estaduais e nacionais para discutir os rumos da sigla. Entre os principais pontos da pauta estiveram o enfrentamento à extrema-direita, a construção de um projeto de reeleição do presidente Lula em 2026 e a defesa de bandeiras populares, como a justiça tributária e o fim da escala 6×1.
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