
Nesta quarta-feira, 1º de outubro, a Câmara vota um projeto que pode transformar a vida de milhões de brasileiros: isenção total do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, desconto progressivo até R$ 7.350 e taxação de 10% sobre rendas a partir de R$ 600 mil por ano. Quem ganha pouco deixa de pagar. Quem ganha muito paga mais.
Em vídeo nas redes, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chamam a população para pressionar os deputados e garantir a aprovação da proposta. “A gente precisa da mobilização de vocês”, afirmou Lindbergh.
Gleisi reforçou a necessidade de ação conjunta: “Converse com o deputado que você elegeu, converse com os congressistas, vamos fazer mobilização de rede e garantir que esse projeto do presidente Lula seja aprovado na quarta-feira, sem emendas para beneficiar o andar de cima.”
Povo com mais dinheiro, super-ricos contribuindo
São 20 milhões de trabalhadores que deixarão de pagar imposto, aliviando quem mais precisa. Uma professora com salário de R$ 4.867,77, que hoje paga R$ 305,40 por mês, será totalmente isenta a partir de 2026. Isso significa quase R$ 4 mil de economia por ano, um 14º salário. Já uma enfermeira que ganha R$ 6.260 terá redução de quase R$ 2 mil no IR em um ano.
Para que isso aconteça, é preciso, como afirma Lula desde a campanha, “colocar o rico no imposto de renda”. Gleisi explica: “Isso será compensado por um grupo que ganha acima de 1 milhão e 200 mil reais e passará a pagar 10% do imposto. É uma questão de justiça tributária, de equilíbrio para o país”.
Hoje, o 1% mais rico concentra 63% da riqueza, enquanto metade da população fica com apenas 2%. O trabalho é taxado em 35,8%. O capital, em 17,7%. Essa conta nunca fechou. O projeto começa a corrigir essa distorção. Lula já disse: “não é normal um pobre ir ao supermercado e pagar o mesmo imposto que o presidente do [banco] BMG”.
A sabotagem da oposição
Do outro lado, o PL tenta enganar o povo enquanto beneficia a elite de sempre. O líder do partido, Sóstenes Cavalcante, empurra um projeto demagógico: isenção até R$ 10 mil, sem dizer de onde saem os recursos. É a velha manobra de jogar uma bomba fiscal no colo do governo, desmontando a arrecadação, blindando os super-ricos e comprometendo o orçamento para saúde, educação e segurança.
Mobilizar para vencer
Até quarta-feira (1), é hora de agir: ocupar redes sociais, organizar caminhadas, buzinaços, marcar presença, fazendo pressão em cima dos deputados para votarem essa pauta do povo. Pesquisa Datafolha mostra que 76% dos brasileiros defendem cobrar mais de quem ganha acima de R$ 50 mil por mês e 70% apoiam isenção para salários até R$ 5 mil.
Texto originalmente publicado no site do PT Nacional.