Parlamentares da Bancada do PT na Câmara usaram as suas redes sociais neste domingo (23) para rebater e repudiar o editorial de hoje do jornal Estado de S. Paulo, que partiu para o ataque contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizando que pode se aliar mais uma vez a Jair Bolsonaro. A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a democracia faz mal ao Estadão. “Editorial de hoje mostra que não se conformam com a vontade do povo de trazer Lula de novo para reconstruir um País destruído pelo golpe do impeachment e por Bolsonaro”, afirmou.
Na avaliação da presidenta do PT, o que o povo não esquece é o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, ProUni, Lei de Cotas, aumento real de salário, emprego de qualidade com direitos, o País crescendo e distribuindo renda. “O que o Estadão quer que esqueçam é a escolha difícil que fez por Bolsonaro em 2018, junto com os grandes da mídia. Para salvar seus interesses de classe, colocaram no governo um bando de milicianos e fascistas”, acusou.
Para Gleisi Hoffmann, não adianta falsear a história: “a sociedade sabe hoje que a Lava Jato foi uma farsa comandada por um juiz parcial com motivações políticas, confessadas sem nenhum pudor na campanha eleitoral”. A deputada ainda acrescentou que o povo tem memória sim, “e é melhor respeitá-la do que insistir na mentira e na mistificação. O povo sabe quem de fato governou democraticamente, garantindo a voz e os direitos de quem sempre foi excluído”, enfatizou em sua conta no Twitter.
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), afirmou que, depois de patrocinar o golpe e considerar uma “escolha difícil” entre Bolsonaro e Haddad, agora o Estadão questiona a liderança de Lula nas pesquisas. “O povo quer ele de volta pra recuperar as conquistas que foram tiradas e voltar a ser Feliz!”, completou.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) ironizou o editorial do Estadão ao aceitar a proposta do jornal para recordar o que o PT fez em sua passagem pelo poder. “Vamos lá? – tirou 36 milhões de pessoas da extrema pobreza; fez o Brasil saltar da 13ª posição no ranking global de economias para a 6º; dobrou o de matrículas no ensino superior; valorizou o salário mínimo – em 2015, o brasileiro tinha o maior poder de compra desde 1979 -; pleno emprego – 43,6 milhões de pessoas formalizaram suas relações de trabalho”, citou.
Henrique Fontana enumerou ainda entre as realizações dos governos do PT programas como o Pronaf; Mais Alimentos; Programa de Aquisição de Alimentos; Minha Casa Minha Vida Rural; Farmácia Popular; Brasil Sorridente; Samu; Mais Médicos; Minha Casa, Minha Vida; Luz para Todos; Cisternas; Programa de Aceleração do Crescimento, além do Plano Nacional de Educação; Fies; ProUni; Brasil Carinhoso; Caminho da Escola; Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa; e Piso Nacional dos Professores.
O deputado Bohn Gass (PT-RS) enfatizou que o Estadão “é aquele jornal que achou difícil escolher entre um professor e um torturador. É o jornal que melhor representa a elite oligárquica, arcaica, ignorante, mesquinha e assassina do Brasil”, desabafou.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi direto: “Ao contrário, Estadão. Por lembrar dos feitos do governo do presidente Lula que o povo lhe garante a liderança ampla em todas as pesquisas”, afirmou, acrescentando que “estamos falando de geração de emprego, combate à fome, acesso à universidade e tantas outras conquistas que passam longe dos seus interesses”.
O deputado Rogério Correia (PT-MG), também na sua rede social, frisou que no dia em que “o genocida minimiza morte de crianças e Ministério da Saúde volta a defender cloroquina contra vacina, Estadão agride Lula e mostra que elite do atraso pode fechar novamente com Bolsonaro. Fora a fome e o desemprego desta política econômica”.
Artigo publicado originalmente no site do PT na Câmara e replicada neste canal