“Crimes como este resultam de um sistema que se estrutura na desigualdade, que violenta e mata, na sua maioria, negros, pobres e trabalhadores neste País”, alerta a nota do Partido dos Trabalhadores.
O Partido dos Trabalhadores e as bancadas do PT na Câmara, e no Senado repudiam com veemência o assassinato do congolês Moïse Kabamgabe, espancado até a morte no quiosque onde trabalhava como atendente, na praia da Barra, no Rio de Janeiro. Ele morreu após ser atacado por vários homens, depois de cobrar o pagamento pelos dias trabalhados no quiosque Tropicália, perto do Posto 8. A vítima foi sepultada no último domingo (30).
Não é possível que os atentados à vida, que resultam em morte – especialmente de negros no Brasil – continuem em franco crescimento, protegidos por uma cultura de impunidade, e de naturalização de tais violações. Este cenário se agravou desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência do país, passando a incentivar ou ignorar tais violências.
Além do crime que choca a todos e todas, note-se que o trabalhador buscava simplesmente o que era seu “por direito”. Aliás, direitos trabalhistas e sociais que em sua grande maioria foram eliminados pela malfadada reforma trabalhista, aprovada ainda no governo do golpista Michel Temer, e aprofundada – para pior – pelo desgoverno Bolsonaro.
Portanto, as bancadas petistas na Câmara, e no Senado, e o PT repudiam este crime bárbaro e exigem que seja promovida Justiça para Moïse Kabamgabe, fazendo com que os criminosos respondam de forma exemplar, para que não tenhamos mais nenhuma morte e nenhum crime motivado pelo racismo e, ou pelo ódio. Crimes como este resultam de um sistema que se estrutura na desigualdade, que violenta e mata, na sua maioria, negros, pobres e trabalhadores neste País.
Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do PT
Reginaldo Lopes
Líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados
Paulo Rocha
Líder da Bancada do PT no Senado
Brasília, 1º de fevereiro de 2022.
Matéria publicada originalmente no site do PT e replicada neste canal.