Em seu discurso de abertura da reunião ministerial, realizado nesta quarta-feira (20), no Palácio do Planalto, o presidente Lula fez um balanço do seu primeiro ano de governo. Ele destacou o momento atual vivido pelo governo, que assumiu em janeiro de 2023, mas que teve que começar a governar, na prática, mais de um mês antes, ainda durante o período da transição governamental.
“Em dezembro de 2022 poucas pessoas no mundo puderam acreditar que chegaríamos em dezembro de 2023 do jeito que estamos chegando. No momento estamos chegando em uma situação muito boa, não é uma situação excepcional, mas pode até ser considerada excepcional se levarmos em conta a situação em nós pegamos este País. A gente nunca pode se esquecer de que nós tivemos que começar a governar praticamente um mês e meio antes de tomarmos posse”, ressaltou o presidente.
Ele agradeceu e parabenizou a equipe de governo pelo trabalho realizado ainda nesse período de transição e falou sobre os resultados obtidos na economia neste um ano de governo. Lula lembrou que quando esteve com a diretora-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), ela disse que o Brasil cresceria cerca de 0,8% e que ele discordou dela. Garantiu que o País cresceria mais.
“Nós estamos colhendo hoje o que nós plantamos, pois eu disse desde o início que para ter uma boa governança você precisa ter correção, ter estabilidade, estabilidade política, jurídica, social, e também precisa ter previsibilidade. Ou seja, ninguém quer enganar ninguém, a gente quer um país que tudo dê certo para todos. É preciso enaltecer o trabalho que foi feito para aprovar os projetos no Congresso Nacional”, elogiou Lula.
O presidente comemorou o que chamou de “feito extraordinário” que foi a aprovação da reforma tributária, “a primeira proposta de política tributária aprovada em regime democrático do País”. Lula destacou que para conseguir tal aprovação “apenas foi colocado na prática a arte da negociação, negociação essa muitas vezes mal interpretada”.
“No nosso governo a gente conversa com todos os partidos que têm deputados na Câmara, com todos os partidos que senador têm, a gente não pergunta qual o partido é a pessoa”, enfatizou o presidente, ao parabenizar os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, além da capacidade de articulação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lula reafirmou o compromisso do seu governo com a seriedade na área econômica e na convivência democrática.
“Temos que mostrar para o mundo inteiro que o Brasil está tratando com muita seriedade a questão econômica, que a gente não pensa em nenhum momento que é possível fazer mágica econômica e que possamos dar um cavalo de pau em um navio do tamanho do Brasil . E que a gente vai continuar no ano de 2024 com esse mesmo jeito de governar, e estabelecer como regra a capacidade do diálogo e da conversação. A democracia pressupõe tolerância, convivência democrática na adversidade”, afirmou.
Durante sua fala de abertura da reunião, o presidente também fez questão de parabenizar o ministro da Justiça, Flávio Dino, aprovado pelo Senado Federal como o mais novo membro do Superior Tribunal Federal (STF), e disse estar confiante na atuação dele na Suprema Corte , além de informar que ele permanecerá no cargo até o dia 8 de janeiro de 2023 para participar de um ato que lembrará da tentativa fracassada de golpe.
“Ele vai ficar como ministro até o dia 8, porque dia 8 nós estamos convidando um ato, para lembrar a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. Nós estamos tentando convocar um ato, que vai ser convocado por mim, pelo presidente da Suprema Corte, pelo presidente do Senado, e pelo presidente da Câmara”, informou Lula. Ele aproveitou para convocar todos os ministros do governo para marcar presença no ato.
Durante seu discurso, o presidente Lula também destacou os fatos importantes que irão marcar o governo e o país no próximo ano.
“Nós vamos presidir o G20 no ano que vem, nós vamos presidir a COP25, vamos presidir os BRICS e possivelmente a gente poderá trazer a Copa do Mundo de futebol feminino para o Brasil”, anunciou Lula.
O presidente informou que deveria sair de recesso de dia 26 de dezembro até dia 3 de janeiro, mas pediu que um conjunto de ministros/as permanecesse em Brasília para garantir o funcionamento do governo.
Texto originalmente publicado no site do PT Nacional.