Em entrevista, Zarattini analisa denúncias contra Bolsonaro sobre a tentativa de golpe de Estado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro  junto com outros 33 aliados de seu governo, acusados de integrar uma organização que tentou acabar com a democracia no Brasil.

21 fev 2025, 19:22 Tempo de leitura: 2 minutos, 8 segundos
Em entrevista, Zarattini analisa denúncias contra Bolsonaro sobre a tentativa de golpe de Estado

Em entrevista à TV Fórum, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) comentou os desdobramentos das denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro  junto com outros 33 aliados de seu governo, acusados de integrar uma organização que tentou acabar com a democracia no Brasil.

Segundo o relatório da PGR, a tentativa de golpe começou ainda em 2021, com os discursos de Bolsonaro atacando o sistema eleitoral e culminou nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. 

“A gente sempre falou que essa ação golpista começou no discurso de 7 de setembro de 2021, chamando para o golpe de Estado. E a denúncia da PGR agora confirma isso! Bolsonaro percebeu que poderiam perder as eleições e começou  a criar manobras como desacreditar as urnas e se articular para o golpe de Estado, em caso de derrota”, afirmou Zarattini.

O parlamentar também comentou sobre o projeto de anistia apresentado pelo Partido Liberal (PL), para perdoar os golpistas de 8 de janeiro. Segundo a imprensa, Bolsonaro se reuniu com seus aliados, antes da denúncia da PGR, para articular ações para que o Congresso paute a matéria. 

Para Zarattini, a denúncia da PGR enfraquece o movimento pró-anistia.  “Agora, acho pouco provável que esse projeto vá para a frente. Os bolsonaristas sabem que podem perder”, analisou.

Zarattini também abordou a tentativa de aproximação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com Donald Trump e Elon Musk nos Estados Unidos. O filho de Bolsonaro tenta reforçar a narrativa de perseguição contra o pai e que as eleições de 2022 sofreram intervenção do governo Joe Biden, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). 

Na avaliação do parlamentar, a estratégia apresentada nos EUA é mais uma tentativa de espalhar desinformação e agitar a militância bolsonarista. “O que o Eduardo Bolsonaro está fazendo lá nos Estados Unidos é engrossar o ‘lero-lero’ ao lado do Elon Musk e do Trump. Dizer que a CIA ajudou na vitória do Lula? Essa é a nova fake news. Ele vai tentar criar uma comoção, voltar com a tese de que a eleição foi roubada, que teve apoio externo, para deslegitimar o processo eleitoral brasileiro. Mas, no fundo, eles estão querendo criar uma onda de mentiras para chegar daqui a dois anos com mais força na eleição”, declarou o parlamentar.


Confira a entrevista na íntegra: