O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), em entrevista nas redes sociais, defendeu o posicionamento do presidente Lula em relação aos ataques do governo de Israel na faixa de Gaza, que já tiraram a vida de mais de 28 mil civis palestinos. No último domingo (18), durante a cúpula anual da União Africana, em a Adis Abeba, o presidente Lula criticou duramente a desproporcionalidade dos ataques do Exercito de Israel em regiões onde civis palestinos estão abrigados: “não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio”, declarou. Após essa declaração, a mídia corporativa brasileira, a extrema direita e o governo de Israel iniciaram uma campanha massiva de distorção das falas.
Zarattini, pontuou que apesar do apelo do presidente de Israel, Isaac Herzog e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nenhum líder mundial se pronunciou contra o posicionamento do presidente Lula, indicando que há um consenso entre diversos países para o fim da guerra. “Tanto o Netanyahu e o presidente Herzog, se encontram em um isolamento internacional e tentam usar a fala do Lula para tentar virar o jogo e desviar das críticas sobre a guerra.”
Reação dos bolsonaristas: 140 deputados federais, alinhados à extrema direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, assinaram um pedido de impeachment contra o presidente Lula pelas declarações. Zarattini considera que essa é uma tática do bolsonarismo para criar uma cortina de fumaça e tirar foco das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, encabeçada por Jair Bolsonaro e seus aliados do governo, incluindo militares, “É um ato de desespero. Eles participaram de uma trama golpista. Agora, essa turma da extrema-direita quer desviar o foco das investigações da Polícia Federal sobre o 8 de janeiro”, afirmou.
Cessar-fogo: Os Estados Unidos vetaram a 3ª resolução de cessar-fogo entre Israel e Gaza, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Além do Brasil, outros 26 dos 27 países que compõem a União Europeia, também pediram o cessar-fogo. O príncipe William, do Reino Unido, também se manifestou a favor do fim da guerra.
Assista a entrevista completa.