Martin Luther King Junior nasceu na Geórgia, EUA, era filho de um pastor e ficou conhecido como um dos grandes líderes do movimento dos direitos civis que lutava contra a segregação racial nos Estados Unidos durante as décadas de 1950 e 1960.
No ano de 1963, Martin Luther King liderou mais de 200 mil pessoas em um ato pacífico por Washington na defesa dos direitos civis. Nesse dia, King fez seu discurso mais famoso e inspirador.
I have a dream (Eu tenho um sonho).
E digo-lhes hoje, meus amigos, mesmo diante das dificuldades de hoje e de amanhã, ainda tenho um sonho, um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e experimentará o verdadeiro significado de sua crença: ‘Acreditamos que essas verdades são evidentes, que todos os homens são criados iguais’ (sim).
Eu tenho um sonho de que um dia, nas encostas vermelhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos sentarão ao lado dos filhos dos antigos senhores, à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que um dia até mesmo o estado do Mississippi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, sufocado pelo calor da opressão, será um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que os meus quatro filhos pequenos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter (Sim, Senhor). Hoje, eu tenho um sonho!
Eu tenho um sonho de que um dia, lá no Alabama, com o seu racismo vicioso, com o seu governador de cujos lábios gotejam as palavras ‘intervenção’ e ‘anulação’, um dia, bem no meio do Alabama, meninas e meninos negros darão as mãos a meninas e meninos brancos, como irmãs e irmãos. Hoje, eu tenho um sonho.
Eu tenho um sonho de que um dia todo vale será alteado (sim) e toda colina, abaixada; que o áspero será plano e o torto, direito; ‘que se revelará a glória do Senhor e, juntas, todas as criaturas a apreciarão’ (sim).
Esta é a nossa esperança, e esta a fé que levarei comigo ao voltar para o Sul (sim). Com esta fé, poderemos extrair da montanha do desespero uma rocha de esperança (sim).
Com esta fé, poderemos transformar os clamores dissonantes da nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade.
Com esta fé (sim, Senhor), poderemos partilhar o trabalho, partilhar a oração, partilhar a luta, partilhar a prisão e partilhar o nosso anseio por liberdade, conscientes de que um dia seremos livres.
E esse será o dia, e esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com um renovado sentido:
O meu país eu canto. Doce terra da liberdade, a ti eu canto.
Martin Luther King Jr defendia a desobediência civil e a não violência e foi assassinado em Memphis, no ano de 1968.
Que a força e resistência de King possam ser inspiração na nossa luta para reconstruir o Brasil do tamanho do sonho dos brasileiros.
Matéria publicada originalmente no site PT na Câmara e replicada neste canal.