Com voto contrário do PT, a Câmara manteve o veto da presidência da República que congela salários de servidores públicos municipais, estaduais e federais que estão trabalhando no combate ao coronavírus por dois anos. Com forte pressão do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, os parlamentares aliados ao governo optaram por seguir os falsos argumentos de que o não congelamento agravaria a crise econômica no país.
Segundo o líder da Minoria no Congresso, deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), o governo trabalhou na composição do projeto, conseguiu apoiadores dos setores do funcionalismo público, enaltecendo essas categorias e depois vetou o projeto afirmando que o não congelamento dos salários agravaria a crise econômica no país. “Isso é um absurdo! O benefício de progressão de carreira não vai quebrar o país porque já estavam previstos nos orçamentos municipais e estaduais e no próprio orçamento federal, antes da pandemia. Bolsonaro está brincando com a população.”
Após o resultado da votação, Zarattini lamentou a permanência do veto, mas reafirmou seu compromisso com o povo brasileiro. Para o líder, esse veto representa uma grande perda para a carreira dos funcionários públicos do país. “Eu quero dizer que a gente não se arrepende de ter votado pela garantia de que os trabalhadores dos setores que enfrentam o coronavírus possam ter o direito a ter a progressão nas suas carreiras. Essa retirada de direitos foi registrada pela população que com certeza estará mais atenta nas próximas eleições.”
Foto: Zeca Ribeiro.