ADIAMENTO DA REFORMA DA PREVIDENCIA E VITORIA DA RESISTENCIA
O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), classificou hoje (14) como uma “importante vitória da resistência” contra os retrocessos do governo Michel Temer o adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência. “Foi uma vitória dos partidos de oposição no Congresso Nacional e dos sindicatos e movimentos […]
19 fev 2018, 15:00 Tempo de leitura: 2 minutos, 31 segundosO líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), classificou hoje (14) como uma “importante vitória da resistência” contra os retrocessos do governo Michel Temer o adiamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência. “Foi uma vitória dos partidos de oposição no Congresso Nacional e dos sindicatos e movimentos sociais que ao longo do ano denunciaram e resistiram contra esta perversidade do governo atual”, disse o líder.
Para Zarattini, mesmo com todo o peso do governo, com a compra de apoio parlamentar via emendas e nomeações, mais uma campanha milionária nos meios de comunicação para tentar convencer o povo de que a reforma é necessária, o resultado é que não houve 308 votos necessários à aprovação da PEC. “E vamos continuar na resistência para impedir a votação em fevereiro, como anunciou hoje o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).”
Diante da falta de votos e do início do recesso parlamentar, Rodrigo Maia anunciou que o início da discussão da PEC da Reforma da Previdência ficou para 5 de fevereiro e a votação em si começará em 19 de fevereiro, após o carnaval. Maia defendeu a votação ainda neste ano, mas reconheceu que não há condições. Para ele, até o ano que vem será possível obter os votos necessários para aprovar a mudança.
Zarattini entende que eventual mudança na Previdência deve ser conduzida por um governo legitimamente eleito pelo povo, o qual possa empreender um processo ouvindo os trabalhadores e empresários. Segundo ele, um dos principais erros da PEC em tramitação é que está focada principalmente nas despesas, sem discutir as fontes de financiamento. Além disso, em vez de cortar privilégios, como diz o governo, a PEC foca sobretudo no corte de direitos dos mais pobres.