Partido reforça campanha nas mais de 1,2 mil cidades onde disputa o comando das prefeituras municipais e coloca a militância na reta final da disputa eleitoral. Legenda é hoje a principal força da oposição à política de desmonte e entreguismo comandados por Jair Bolsonaro, seus aliados no Centrão e os coadjuvantes do Golpe de 2016: o DEM, o PSDB e o PMDB
Diante do quadro econômico de destruição ditado pelo governo de Jair Bolsonaro, o PT cumpre a tarefa de se erguer em defesa do povo, da economia nacional e dos direitos da maioria da população. Essa é a posição da sigla. A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), diz que a legenda hoje é a maior alternativa para enfrentar a crise e dar solução aos problemas das cidades e do povo. “É o PT a principal força de oposição organizada contra o governo de Bolsonaro, que administra o desmonte do país e vem promovendo o entreguismo de maneira escancarada”, afirma.
Ela diz que o PT e seus principais líderes rechaçam a manutenção da agenda econômica e política liderada por Jair Bolsonaro, e que é apoiada de maneira velada por legendas conservadoras, como o Democratas, o PSDB e o PMDB. “Quem aposta nessa agenda de privatizações e arrocho geral do povo, que impede os investimentos públicos e tira dinheiro da saúde e da educação, não tem compromisso com o país. Daí que a maioria precisa expressar sua indignação nas urnas. Quem defende a democracia e você é o PT. Vote 13!”, declara a parlamentar.
Nessa reta final, Gleisi e os principais dirigentes do partido, além dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Haddad, querem reforçar a mensagem contra a agenda destrutiva de Bolsonaro, que além de afundar a economia e aumentar a desigualdade, também é responsável direta pela morte de 160 mil brasileiros pelo Covid-19. “O país precisa sair dessa perspectiva de abismo, e o povo vai dar o recado nas urnas, rejeitando todos aqueles que atiram contra os interesses nacionais”, alerta Gleisi.
Dívidas explodem na cara do governo
Ela lembra que a economia, apesar das promessas do ministro Paulo Guedes, não dá sinais de melhora. Pelo contrário. O quadro geral tende a piorar, como vem ocorrendo desde o impeachment de Dilma. “A notícia é que a dívida pública está piorando sob Bolsonaro. E também a dívida social, com o agravamento da desigualdade. Essas dívidas só pioraram desde que tiraram Dilma. O país hoje vive numa situação muito pior do que há quatro anos”, aponta.
Gleisi alerta que as campanhas em muitas das capitais está mostrando um quadro em que ninguém quer assumir o ônus de ligar suas candidaturas a Jair Bolsonaro. Apesar da afinidade evidente na condução da agenda ultraliberal. “E olha que eles – o mercado, Guedes e seus braços políticos no Congresso, MDB, Centrão, DEM e PSDB – defendem forte ajuste fiscal, corte de gastos e investimentos, restringindo o papel do Estado na economia”, comenta a deputada. “Ainda assim a dívida pública só faz subir. Será que não percebem que essa receita está errada?”, destaca Gleisi.
O maior partido de esquerda brasileira tem hoje mais de 1,2 mil líderes petistas disputando o comando das cidades brasileiras, numa demonstração de força para mudar o rumo do país e começar a ganhar musculatura para a principal tarefa nos próximos anos: a reconstrução nacional. Além disso, a legenda entrou com força na disputa por cadeiras nas mais de 5,2 mil câmaras municipais de vereadores em todo o território nacional.
Partidos conservadores apoiam veladamente
“O povo e as pessoas nas cidades estão preocupadas com o desemprego, a queda dos investimentos em saúde e educação, mas precisam saber que esses mesmos candidatos que estão na TV pedindo voto, que estão no MDB, no DEM e no PSDB e falando em mais escolas e postos de saúde na propaganda eleitoral, são aqueles mesmos que estão nas legendas que não só defenderam a Emenda do Teto de Gastos em 2016, como votaram parar tirar dinheiro do SUS e das universidade”, alerta. “Eles não têm compromisso com o bem-estar do nosso povo”.
Daí que a reta final das eleições municipais de 2020 são uma oportunidade para o PT colocar seus 25 mil candidatos a vereador em todas as capitais e nos principais municípios do país para mostrar que a principal barreira em defesa do povo hoje é o partido. “O PT segue ativo e é uma força política de expressão nacional, com condições de ampliar o número de cidades a serem administradas e surpreender aqueles que consideravam o partido acabado”, diz o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). “Estamos mostrando que o PT tem legado, sabe como governar e que seus candidatos têm propostas para administrar as cidades sem sacrificar a saúde e a educação, ao contrário daqueles que falam que estão com a sociedade, mas apoiam toda a agenda ultraliberal de Bolsonaro e Guedes”.
Da Redação
Matéria publicada originalmente no site Partido dos Trabalhadores e replicada neste canal.