
No segundo encontro com o presidente Donald Trump desde o início do tarifaço imposto ao Brasil, em agosto, o presidente Lula voltou a pedir que as barreiras econômicas e sanções a autoridades ao Brasil sejam retiradas. Reunidos na Malásia neste domingo (26), Lula e Trump iniciaram as tratativas para que as negociações entre as equipes diplomáticas dos dois países avancem, com sinalizações de que o diálogo prosseguirá pelo resto do dia e nas próximas semanas.
“Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia”, informou Lula em suas redes sociais, logo após o encontro. “Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, destacou.
Na reunião, o governo brasileiro reafirmou que não existe justificativa econômica para a imposição de tarifas de 50% ao Brasil, que é deficitário no comércio com o governo estadunidense.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou sobre a reunião, que durou cerca de 45 minutos, segundo ele, com Trump e sua equipe. “O presidente Lula começou dizendo que não havia assunto proibido e renovou o pedido de suspensão das tarifas impostas à exportação brasileira durante um período de negociação, da mesma forma a aplicação da lei Magnitsky a algumas autoridades brasileiras, e disse que estava pronto a conversar”, contou Vieira, em conversa com a imprensa.
O chanceler relatou que Trump se comprometeu a dar instruções para que tenha início um processo de negociação bilateral “hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo”.
Ainda de acordo com Vieira, Trump declarou admirar o perfil da carreira politica de Lula e pontuou que deverá visitar o Brasil. “O presidente Lula aceitou também, disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos”.
O ministro destacou ainda que o Brasil espera concluir em poucas semanas uma negociação que inclua todos os setores afetados pela tributação dos Estados Unidos.
Texto originalmente publicado pelo site do PT na Câmara