Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) questionou a origem dos mais de R$ 44 milhões identificados pela Polícia Federal nas contas bancárias do ex-presidente Jair Bolsonaro entre março de 2023 e junho de 2025. Segundo o relatório, metade do valor foi transferida por meio de Pix. Apenas entre março de 2023 e fevereiro de 2024, Bolsonaro teria recebido mais de R$ 30 milhões, conforme informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
“Esse valor é incompatível com a renda de Bolsonaro. A Justiça precisa descobrir como ele levantou essa fortuna em um período de tempo tão curto”, afirmou Zarattini.
O documento da PF aponta ainda que o ex-presidente realizou transferências para contas da esposa, Michelle Bolsonaro, e do filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. Em depoimento, Bolsonaro admitiu ter repassado R$ 2 milhões a Eduardo em 13 de maio de 2025.
Segundo Zarattini, os recursos podem estar sendo usados para financiar a permanência do filho no exterior, onde ele atua junto ao governo de Donald Trump na articulação de medidas de sanção contra autoridades brasileiras. “Bolsonaro está usando esse dinheiro para prejudicar o Brasil. Ele está financiando a estadia do filho nos EUA, que está articulando sanções contra o próprio país”, criticou o deputado.
A PF descobriu que Bolsonaro recebeu mais de R$ 44 milhões em apenas dois anos. Metade desse valor foi recebido em Pix e R$ 30 milhões foram recebidos apenas no último ano, são valores totalmente incompatíveis com sua renda. O dinheiro financia até a ofensiva de Eduardo Bolsonaro…
— Zarattini (@CarlosZarattini) August 22, 2025
As informações constam no relatório da Polícia Federal encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre crimes de coação no curso do processo e tentativa de golpe de Estado. Para a PF, as movimentações “apresentam indícios de possíveis práticas de lavagem de dinheiro ou outros ilícitos”.
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Com informações de O Globo