Brasil e China alicerçam cooperação para os próximos 50 anos

Presidente Lula recebeu, nesta quarta-feira (20), o líder chinês Xi Jinping, no Palácio da Alvorada, e disse que os dois países desejam a fortalecer parcerias em infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial

20 nov 2024, 14:46 Tempo de leitura: 2 minutos, 36 segundos
Brasil e China alicerçam cooperação para os próximos 50 anos
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente da China, Xi Jinping, foi recebido com honras de chefe de Estado pelo presidente Lula, nesta quarta-feira (20), no Palácio da Alvorada. A visita marca as celebrações dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

A vinda do presidente chinês reitera o esforço do governo Lula em manter e ampliar o comércio com produtos brasileiros de maior valor agregado à balança comercial.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Somente de janeiro a outubro deste ano, o comércio entre os dois países foi de mais de 136 bilhões de dólares. Desse total, 53 bilhões foram de importações de produtos chineses e 83 bilhões de dólares de vendas de produtos brasileiros à China.

Futuro compartilhado

Os dois presidentes assinaram atos nas áreas de investimento e desenvolvimento. Em seguida, ao lado de Xi Jinping, Lula fez a leitura da declaração à Imprensa por ocasião da visita de Estado do presidente chinês.

O presidente Lula destacou a importância da parceria entre os dois países nos últimos 50 anos e ressaltou e intenção em ampliar essa relação em áreas estratégicas como saúde, agronegócio e inteligência artificial.

“O presidente Xi e eu decidimos desejo de elevar a parceria estratégica e global ao patamar de comunidade de futuro compartilhado por um mundo mais justo e um planeta sustentável. Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial”, afirmou Lula.

“Por essa razão, estabelecemos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil, o Programa de Aceleração do Crescimento, o programa Rota de Integração Sul-Americana e o Plano de Transformação Ecológica, e a iniciativa Cinturão e Rota”, acrescentou o presidente.

O melhor momento das relações bilaterais

Xi Jinping afirmou que as relações entre os dois países se encontram em seu melhor momento. Ele enumerou as principais colaborações assinadas hoje, que devem trazer benefícios para as populações dos dois países.

“A elevação das relações bilaterais à comunidade de futuro compartilhado China-Brasil por um mundo mais justo e um planeta mais sustentável e o estabelecimento de sinergias entre a iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil, no contexto da evolução acelerada da configuração internacional, tudo isso demonstra nossa determinação de identificar, responder e aproveitar as mudanças”, enfatizou o presidente chinês.

“E isso promoverá, com certeza, as relações China-Brasil a levar a diante o que herdou do passado e arrancar os próximos 50 anos dourados. Bem como estabelecer exemplos de união e auto-fortalecimento para os países do sul global”, acrescentou o presidente chinês, que chegou a Brasília após participar, no Rio de Janeiro, da Cúpula de Líderes do G20, na segunda-feira (18) e na terça-feira (19).

Texto originalmente publicado no site do PT Nacional.