Convoca pelas centrais sindicais e movimentos populares, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos contará com paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho como protesto pela morte de 100 mil brasileiros e brasileiras, vítimas do novo coronavírus (Covid-19)
A classe trabalhadora, movimentos populares e democratas brasileiros preparam uma grande manifestação para esta sexta-feira, 7. Infelizmente, para lamentar a morte de 100 mil brasileiros, vítimas do genocídio patrocinado pelo governo Bolsonaro. Mas, mais do que isso: para celebrar a defesa da vida, dos direitos dos trabalhadores e do povo, da democracia e da soberania do Brasil. É o “Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos”.
A data contará com paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho como protesto pela morte de 100 mil brasileiros e brasileiras, vítimas do novo coronavírus (Covid-19). Além do protesto contra as mortes, haverá outras manifestações articuladas pelas centrais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
O objetivo da data é fortalecer o ‘Fora, Bolsonaro’ e lembrar as 100 mil mortes por Covid-19 que o país vai atingir esta semana, por falta de uma política de saúde e pelo desprezo do presidente com a vida, de acordo com a convocação da Central Única dos Trabalhadores, uma das entidades que está convocando a manifestação.
Fora Bolsonaro
“Precisamos dizer em alto e bom som que não sairemos desta crise com Bolsonaro no poder. É fundamental denunciarmos as 100 mil mortes e principalmente pedirmos providências contra este governo que aprofunda a crise por irresponsabilidade, por não ter tomado medidas sanitárias e econômicas adequadas ao enfrentamento da pandemia”, afirma Carmen Foro, Secretária Geral da CUT.
Entre as principais bandeiras de luta da manifestação estão:
- Repudiar a iniciativa de prefeitos e governadores que já planejam e até fixaram data para retorno presencial dos alunos às aulas;
- Exigir das autoridades os equipamentos de proteção individual e coletivo para os trabalhadores das categorias essenciais, em especial os da área de saúde;
- Lutar pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00, no mínimo, até 31 de dezembro de 2020;
- Ampliar as parcelas do seguro desemprego;
- Liberar crédito para as micro e pequenas empresas;
- Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS);
- Agir para que o Congresso Nacional derrube os vetos presidenciais que impedem a garantia dos direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras e seus sindicatos, por meio da ultratividade, dos acordos e convenções coletivas de trabalho.
Trabalhadores reagem à exploração
A manifestação afirma a reação dos trabalhadores que resistem à destruição do país, da economia e dos empregos. Mesmo em meio à pandemia, inúmeras categorias estão reagindo à exploração imposto pelo fascismo neoliberal. Em junho, os entregadores por aplicativo realizaram duas paralisações no país, demonstrando a crescente insatisfação da sociedade contra a desastroso política do atual governo.
No Paraná, os metalúrgicos da Renault, estão em greve desde o dia 21 de julho em defesa dos empregos ameaçados pela empresa. Os trabalhadores dos Correios, por sua vez, já indicaram greve para o dia 18, contra os cortes de direitos e a tentativa de privatização da empresa. Em outra frente, os aeroviários da Latam Airlines enfrentam a ameaça de demissão de 2.700 trabalhadores em todo o país, incluindo pilotos.
Matéria publicada originalmente no site Partido dos Trabalhadores e replicada neste canal.