Efeito Lula: ações da Petrobras disparam na Bolsa de Valores

Papeis ordinários e preferenciais da empresa tiveram forte alta na segunda-feira (26). Banco Morgan Stanley estima que estatal petrolífera deva render US$ 7 bilhões em lucros extraordinários até 2025

28 ago 2024, 12:37 Tempo de leitura: 2 minutos, 4 segundos
Efeito Lula: ações da Petrobras disparam na Bolsa de Valores
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / Site do PT

As ações da Petrobras dispararam na segunda-feira (26), mesmo dia em que o governo Lula lançou a Política Nacional de Transição Energética (Plante), que pode proporcionar ao país R$ 2 trilhões em investimentos verdes. O valor dos papeis ordinários e preferenciais da empresa subiram 8,96% e 7,26%, respectivamente, e a estatal ganhou mais de R$ 41 bilhões em valor de mercado. Como resultado, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia com alta histórica de 0,94%, aos 136.888 pontos.

Nos Estados Unidos, o banco Morgan Stanley estimou que a Petrobras deva render aos acionistas US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários até 2025. O Stanley Morgan alterou a recomendação de “neutra” para “compra” dos recibos de ações – conhecidos como ADRs – da Petrobras negociados na Bolsa de Valores de Nova York. Além disso, o banco estadunidense elevou o preço-alvo dos ADRs de US$ 18 para US$ 20.

Contribuíram também para a disparada das ações da Petrobras a firme ascensão nos preços do petróleo, em meio às crescentes tensões no Oriente Médio e no norte da África. Israel e o grupo armado Hezbollah começaram a semana trocando intensas agressões. Na Líbia, os conflitos interromperam a produção. O barril de petróleo tipo Brent é comercializado hoje a US$ 80,16.

Desenvolvimento nacional

Ainda na segunda-feira, durante a cerimônia de lançamento da Política Nacional de Transição Emergética (Plante), do Ministério de Minas e Energia (MME), o presidente Lula destacou a relevância da Petrobras para o Brasil e defendeu que a estatal contribua para o fortalecimento da economia nacional, por meio da aquisição de equipamentos e serviços de empresas brasileiras.

“Esse negócio de destruir tudo que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem que ser bom e o Estado tem que ser bom. Eu não quero Estado máximo, nem Estado mínimo. Eu quero um Estado que cumpra com sua função de Estado e a função de Estado é fazer com que todos possam participar das coisas que esse país consegue produzir”, argumentou o presidente.

“A Petrobras é uma empresa de investimento em pesquisa, em inovação, é para ajudar as empresas brasileiras a crescer. Daí porque a necessidade do conteúdo nacional”, concluiu Lula.

Texto originalmente publicado no site do PT Nacional.