O deputado Carlos Zarattini (PT/SP) lamentou em plenário, nesta segunda-feira, 27, a tragédia ocorrida em uma escola da cidade de São Paulo. “Ficamos perplexos com o acontecido na Escola Thomazia Montoro, na Vila Sônia, bairro do Butantã. Um jovem, praticamente uma criança, de 13 anos, esfaqueou professoras, outros alunos, inclusive, levando uma delas, a professora Elizabeth Terreiro, à morte. É um fato muito triste e muito chocante”.
Zarattini enfatizou que na sua concepção, na concepção da sociedade, a escola é um lugar de aprendizado. “É um lugar de encontro das crianças, da juventude, é um lugar no qual os professores com a sua experiência ensinam, como fazia a professora Elizabeth Terreiro, que tinha uma longa carreira, inclusive já tinha sido pesquisadora do Instituto Adolfo Lutz, uma pessoa devotada à ciência e, nesse local, um jovem estimulado por práticas racistas e fascistas, chegou ao ponto de ferir e assassinar outras pessoas”, lamentou.
O deputado defendeu a retomada, urgente, da cultura de paz nas escolas brasileiras, retomar uma cultura de respeito aos professores, de convivência. Zarattini relembrou que o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) tem denunciado há muitos anos o aumento da violência nas escolas.
“Praticamente nada foi feito em relação a isso. Nós, no ano passado, derrubamos o veto à Lei 13.935, que dispõe sobre a necessidade de que todas as redes de ensino tenham psicólogos e assistente sociais para dialogar com esses jovens, com essas crianças para criar esse ambiente de convivência e de solidariedade”, frisou.
Na avaliação do deputado Zarattini, o Brasil tem que mudar o seu rumo. “Nós temos que acabar com o estímulo à violência. Para isso, é preciso um novo esforço, não só do governo federal, que tem que ser feito com a aplicação dessa lei, mas dos governos estaduais e municipais. Nós precisamos de escola como lugar de aprendizagem, como lugar de convivência pacífica. É assim que o nosso povo, a nossa juventude vai se educar”, conclui.
Minuto de silêncio
A pedido de vários parlamentares, o plenário fez um minuto de silêncio em solidariedade às vítimas da tragédia.
Vânia Rodrigues