As manobras eleitoreiras de Bolsonaro na tentativa de mascarar um governo que pensa no povo não deram certo. As variações nos valores de combustíveis não beneficiaram os brasileiros e brasileiras que mais precisam. O preço do gás de cozinha continua alto e está mais caro que no exterior.
Desde abril, o valor do gás de cozinha no Brasil está acima do mercado internacional, mesmo com reduções recentes anunciadas pela Petrobras. Hoje, o botijão custa no país 25% a mais que no mercado internacional.
Pela teoria da paridade internacional, a Petrobras deveria seguir as oscilações de valores internacionais. Entretanto, Bolsonaro não tem olhos para os mais pobres e ignora a necessidade de o povo ter o que comer e condições de cozinhar.
Segundo os dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a situação do gás de cozinha é inversa ao da gasolina e do diesel, pois o preço praticado pela Petrobras tem se mantido bem acima da média internacional.
Enquanto o botijão de 13 kg está estimado em cerca de R$ 39 no mercado internacional, a Petrobras pratica hoje, em seus desembarques no Porto de Santos, o valor de R$ 49,19, o que significa um preço 25% superior à referência internacional.
Conforme a ANP, no Brasil, o valor do produto também varia conforme o Estado. Mas a média nacional, incluindo impostos e margens de revendas, custa R$ 112,13.
Auxílio-gás
Um levantamento do grupo de vigilância socioassistencial da Câmara da Assistência do Consórcio Nordeste revelou que mais de 10 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) foram excluídas pelo desgoverno Bolsonaro do programa Auxílio Gás, mesmo sendo elegíveis a recebê-lo.
Em agosto, apenas 5,6 milhões dos 16,3 milhões de famílias que têm direito ao benefício receberam o vale.
24 milhões de toneladas de lenha
Outro dado que demonstra o cenário avassalador dos brasileiros e brasileiras no enfrentamento à crise econômica do país, é de que o uso de lenha em casas foi maior do que o uso de gás de cozinha em 2021, quando 24 milhões de toneladas de lenha foram utilizadas como fonte de energia pelo povo brasileiro.
A perda do poder de compra dos brasileiros está entre as justificativas pela troca da matéria-prima.
Conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), compilados pelo Poder360, em 2021, o uso de lenha representou 26% da matriz energética residencial. O GLP (gás liquefeito de petróleo) ou “gás de cozinha” representou 23% do total.
Da Redação, com informações do Estadão e Poder 360
Matéria publicada no site Partido dos Trabalhadores e replicada neste canal.