8 março é o Dia Internacional da Mulher. Dia de lembrar todas as mulheres que lutaram por um país menos desigual e também de reconhecer o quanto o Brasil ainda está atrasado nas questões que envolvem as relações de gênero.
A pandemia do coronavírus escancarou todos os problemas sociais em nosso país. A vulnerabilidade das mulheres aumentou, já que ficaram mais expostas ao desemprego e às dificuldades para manter a família. E quando se fala em mulheres negras e pobres, a situação é mais grave: o número de desempregadas neste grupo passou de 4,4 milhões em 2019 para 7,3 milhões em 2021. “Não dá para negligenciar o fato de que as mulheres negras e pobres do nosso país estão em maior vulnerabilidade. É preciso investir em políticas públicas sérias de inclusão e acabar de vez com a desigualdade no Brasil”.
Segundo o Índice Global de Desigualdade de Gênero, o Brasil possui o segundo maior índice de desigualdade entre homens e mulheres da América Latina. Para Zarattini, o governo Bolsonaro é responsável, em grande parte, pela vergonhosa posição no ranking. “Infelizmente, o nosso país virou exemplo do que não deve ser feito. É estarrecedor que o governo federal não tome nenhuma atitude concreta, que minimize os danos causados pelo machismo em nossa sociedade.”