Na pesquisa PoderData, a pandemia (16%) e o conflito no Leste Europeu (9%) também foram responsabilizados, enquanto 58% estão pessimistas com os rumos da economia.
Anos seguidos de trabalho precarizado, desemprego, queda da renda, carestia e volta da fome cobram agora o preço entre a opinião pública. É o que revela pesquisa PoderData realizada entre 22 e 24 de maio com três mil pessoas. Do total de entrevistados, 42% culpam Jair Bolsonaro pela inflação e 76% relatam que tiveram a vida prejudicada pela disparada dos preços. Parece ironia, mas 1% não percebe os aumentos.
A conta da carestia é dividida com os governadores, considerados responsáveis por 18% dos entrevistados, com a pandemia (16%) e com o conflito no Leste Europeu, apontado por 9%. Entre os apoiadores de Bolsonaro, 38% tendem a culpar mais os governadores, enquanto 68% dos que desaprovam a gestão federal citam o chefe do Executivo. No Norte está a maior parcela dos que responsabilizam os governadores (33%).
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Os mais pobres (46%) e os moradores da região Nordeste (47%) são os que mais culpam Bolsonaro pela alta nos preços. Os mais pobres (80%) e os moradores do Nordeste (81%) também são os que mais relatam prejuízos com a inflação. Entre os mais ricos, 3% dizem não ter percebido nenhum aumento nos preços, enquanto 66% se sentem prejudicados.
Dentre os itens mais caros, 47% se queixam das compras de mercado. Outros 27% citam os combustíveis e os transportes. Essa taxa era de 9% no levantamento realizado em julho de 2021. Os que citam contas de água e luz como as que mais encareceram são 19% – eram 38% na última rodada.
No Sul, 60% acham que as compras de mercado ficaram mais caras. No Nordeste, 36% citam combustíveis e transporte – mesma taxa entre mais ricos, que ganham mais de 5 salários mínimos.
A pesquisa também revela que mais da metade da população brasileira (58%) está pessimista com o rumo da economia do Brasil. Outros 32% dizem que o cenário econômico no país segue o caminho certo, enquanto 10% não souberam responder.
A pergunta feita foi a seguinte: “De maneira geral, você acha que a economia do Brasil está…”. As alternativas foram: “No caminho errado”, “No caminho certo” e “Não sabe”.
O levantamento foi feito com 3.000 pessoas por meio de telefonemas em 301 cidades de todo o país, entre 22 e 24 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi feito com recursos próprios do PoderData e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05638/2022.
Da Redação, com informações do site Poder 360
Matéria publicada originalmente no site do PT e replicada neste canal.