A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segundo turno, o projeto de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em uma votação a toque de caixa, com 37 votos a favor e 17 votos contrários. Os vereadores da base governista do prefeito Ricardo Nunes atropelaram o processo regimental para colocar em pauta a venda da empresa, desconsiderando uma liminar da justiça que suspendeu a votação até que fosse apresentado um laudo de impacto orçamentário da privatização.
A votação ocorreu logo após a última audiência pública, que foi marcada por confusão e bate-boca no plenário. Parte do público contrário à privatização foi impedido de participar da sessão.
O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) ressaltou que a privatização da companhia coloca em risco a qualidade dos serviços básicos de saneamento e que vão tornar a tarifa mais cara. “Quem mais sai perdendo com essa venda da Sabesp é a população. Basta ver o exemplo da Enel: a população está pagando mais por um serviço cada vez pior”.
Zarattini ressaltou que mesmo com a aprovação da Câmara e com a sanção do prefeito Ricardo Nunes, a luta contra a privatização da Sabesp vai continuar. “Vamos buscar medidas para barrar esse retrocesso e precisamos da mobilização de toda a população”.
