Em uma sessão tumultuada, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em primeiro turno o projeto de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), com 36 votos favoráveis e 18 contrários. A votação foi antecipada pelos vereadores da base governista do prefeito Ricardo Nunes e do governador Tarcísio de Freitas, desrespeitando o prazo procedimental de realização das audiências públicas.
Zarattini se manifestou contra o projeto e lembrou que a privatização da Sabesp pode prejudicar a qualidade do serviço, a exemplo da Enel. “Com a privatização, a Sabesp pode ter o mesmo destino da Enel, serviço ruim e tarifa mais cara”, disse o parlamentar.
A Sabesp é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios do Estado de São Paulo, sendo considerada a maior companhia de abastecimento da América Latina. O projeto que propõe a sua privatização foi aprovado pela Assembleia Legislativa do estado, em dezembro do ano passado. Porém, o projeto ainda precisa ser discutido nos municípios atendidos pela Sabesp.
Manifestação popular: Antes da votação ir ao plenário, foi realizada a primeira audiência pública para discussão do tema junto à população. Manifestantes também se reuniram na porta da Câmara para protestar contra a venda da Sabesp
Segundo dados da pesquisa Quaest, 52% da população do Estado de São Paulo são contra o projeto de privatização e 61% dos moradores da capital também são contra a venda da Sabesp.
