Em volúpia privatista, Tarcísio agora quer entregar a linha Azul do Metrô paulistano

Até agora, o governador não apresentou critérios técnicos e explicações administrativas para privatizar uma das mais importantes e rentáveis linhas do metrô paulistano. Jilmar Tatto considera proposta absurda

11 abr 2024, 14:29 Tempo de leitura: 1 minuto, 26 segundos
Em volúpia privatista, Tarcísio agora quer entregar a linha Azul do Metrô paulistano

Ao custo de R$ 100 milhões, sem processo licitatório como exigido por lei para contratação de serviços dessa natureza, o governador Tarcísio de Freitas contratou, em 2023, a IFC (International Finance Corporation), empresa de consultoria ligada ao Banco Mundial, para encaminhar estudos acerca da viabilidade de privatizações de empresas públicas paulistas, como a Sabesp, linhas do metrô paulistano e trens da região metropolitana da capital.

Chama a atenção o estranho modelo do contrato da consultoria. Sobre a Sabesp, por exemplo, o estabelecido é que, se a IFC apontasse como inviável a privatização, o valor a receber pelo serviço seria menos da metade do estabelecido com a avaliação “técnica” positiva para privatizar. Ou seja, não é preciso esforço nenhum para concluir qual o veredicto final da empresa de consultoria neste caso.

Processo em curso para privatizar a Cia. de Saneamento do Estado, Tarcísio anuncia, agora, encaminhamentos para a privatização do transporte sobre trilhos. Em campanha eleitoral, o atual governador não tocou nesse assunto. Apenas mencionou possíveis PPPs (Parcerias Público Privada) em torno de novas linhas a serem construídas.

Eleito, Tarcísio de Freitas coloca em prática uma volúpia privatista sem igual em São Paulo. E a “bola da vez”, agora, é a Linha Azul (norte e sul) do metrô. A mais antiga da capital, mais eficiente e com os maiores índices de transporte diário de passageiros. Nada disse, até o momento, sobre critérios técnicos e explicações administrativas das razões para privatizar esta que é, seguramente, uma das mais importantes e rentáveis linhas do Metrô paulistano.

Texto originalmente publicado no site do PT Nacional.