Inmetro: Zarattini defende o uso de pneus reformados para motocicletas

A reunião visa estabelecer critérios técnicos para pneus reformados, tendo como prioridade a segurança dos motociclistas.

8 fev 2024, 15:47 Tempo de leitura: 1 minuto, 48 segundos
Inmetro: Zarattini defende o uso de pneus reformados para motocicletas
Foto: Divulgação Inmetro

O deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP) está empenhado em garantir que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) autorize o uso de pneus reformados em veículos de duas rodas. O recapeamento de pneus para veículos de passeio já é permitido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). 

Durante reunião com o presidente do Inmetro, Márcio André Oliveira Brito, Zarattini solicitou que o órgão, responsável pelo estabelecimento de programas de avaliação da conformidade, avance nos estudos sobre o tema. Também esteve presente o deputado federal Vander Loubet  (PT-MS).

Segundo o parlamentar, muitas pessoas já utilizam pneus reformados, mas de forma clandestina e sem critérios que garantam a sua segurança. “Precisamos autorizar a recapagem e fiscalizar a qualidade do produto. Já existe um mercado paralelo sem qualquer garantia de segurança. A medida ainda vai ajudar a diminuir os custos com os pneus”.  

O mercado de recapagem de pneus no Brasil tem evoluído significativamente nas últimas décadas, com novas tecnologias de automatização. Empresas estruturadas têm investido nesse setor e oferecem serviços especializados, gerando um faturamento anual de R$ 5 bilhões, com arrecadação de R$ 1 bilhão em impostos e mais de 250 mil empregos diretos e indiretos. 

Impacto ambiental: Além disso, a possibilidade da recapagem vai resultar em uma diminuição drástica do descarte desses pneus que terão seu uso prolongado e a redução das emissões de CO2. Para a fabricação de um pneu comercial novo, são utilizados 79 litros de petróleo, enquanto, um pneu reformado, consome cerca de 29 litros. Já nos pneus de veículos usuais das pessoas no dia a dia (carros e motos), a fabricação de um novo pneu precisa de 27 litros e, um reformado, apenas nove litros. Essa diferença possibilitou, em dez anos, uma economia de mais de cinco bilhões de litros de petróleo, o que significa que 26 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos na atmosfera, no mesmo período.

Com informações da assessoria do deputado federal Vander Loubet.