Guerra de Israel-Hamas: Zarattini critica conflito e cobra ação da comunidade internacional

A tensão entre Israel e Palestina mistura política e religião, se estende há mais de 70 anos e já deixou milhares de mortos dos dois lados.

10 out 2023, 20:17 Tempo de leitura: 2 minutos, 17 segundos


Em discurso no Plenário da Câmara dos Deputados, o deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP) classificou a guerra entre Israel e o grupo Hamas como gravíssima e um atentado terrorista contra a população dos dois países. “Quero manifestar a minha consternação pelo ataque que foi feito pelo Hamas contra comunidades israelenses na fronteira da Faixa de Gaza e repudiar esse tipo de ataque, que eu considero terrorista. Considero terrorista porque é uma agressão contra a população civil”.

Na fala, o deputado lembrou que na história recente várias lutas armadas foram travadas em prol da libertação de povos. Ele lembrou que partigianos italianos e vietnamitas participaram de batalhas assim. “Todos foram ataques feitos contra forças militares na luta pela libertação dos seus povos e dos seus países. Mas devo repudiar qualquer tipo de ação contra a população civil. Considero, sim, atos terroristas esses feitos pelo Hamas”.

Os bombardeiros de Israel a Faixa de Gaza, inclusive com ataques aéreos mais intensos nos 75 anos de história de conflito com os palestinos, foi duramente criticado pelo parlamentar, que considerou os ataques do governo de Netanyahu contra a população civil como “atos terroristas de Estado”. “Não é outra atitude se não o terrorismo que corta a água, o gás, a energia elétrica e joga bomba sobre prédios onde habita a população civil. Aliás, foi exatamente esse tipo de governo que expandiu os assentamentos israelenses na Cisjordânia, que favoreceu a vitória do Hamas na Faixa de Gaza e a retirada da autoridade Palestina daquela região, que possibilitou essa escalada da violência a que estamos assistindo. Nós precisamos parar a violência”, afirmou Zarattini.

O parlamentar, que hoje é vice-líder de Lula no Congresso, sugeriu que o governo brasileiro atue no sentido de buscar uma solução pacífica. “É hora de buscar uma solução que cesse a violência de um lado e outro, contra o povo israelense e contra o povo palestino que habita a Faixa de Gaza. Não existe outra solução. Os Acordos de Oslo determinaram as fronteiras. Foram assinados pelos dois lados. São esses acordos que têm que ser respeitados e que são capazes de restabelecer a paz na região. Não existe outra saída que não essa de cessar fogo de todos os lados. Vamos parar com isso. Nós não queremos a morte de ninguém. Queremos a paz e com ela a reconstrução de uma convivência entre palestinos e israelenses”.

Veja na íntegra o discurso: