Zarattini comemora decisão de Lula de revogar processos de privatização de 10 estatais

Na avaliação do parlamentar, é um crime de “lesa-pátria” vender empresas que prestam serviços públicos essenciais

17 abr 2023, 14:11 Tempo de leitura: 1 minuto, 47 segundos
Zarattini comemora decisão de Lula de revogar processos de privatização de 10 estatais

Em entrevista à TV PT, o vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP), afirmou que o cancelamento dos processos de privatização de 10 estatais determinado pelo presidente Lula vai colocar fim a “sanha entreguista” vivida nos últimos anos com os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.


Zarattini pontuou que o Brasil é um país de dimensões continentais e com desigualdades regionais significativas que obriga o Estado a investir para manter serviços essenciais em regiões pouco lucrativas. Na avaliação do parlamentar, é um crime de “lesa-pátria” vender empresas que prestam serviços públicos essenciais. “Durante os últimos governos houve uma sanha privatista e se vendeu muita coisa: campos de petróleo, transportadora de gás, a BR Distribuidora, a Eletrobras, a maior geradora de energia do Brasil. Um verdadeiro crime contra o país”.


Especialista na área de energia, Zarattini frisou que as empresas de distribuição de energia elétrica, por exemplo, foram todas ou quase todas privatizadas gerando aumento do serviço e piora na qualidade. “Essas empresas passaram a trabalhar na perspectiva apenas do lucro. Isso vem impedindo a reorganização do Sistema Elétrico. Com Lula presidente, acredito que é hora trabalhar para diminuir esses impactos”, acrescentou.


INVESTIMENTOS – Zarattini ressaltou ainda que o governo de Lula terá que investir para impedir um novo apagão. “Vamos ter que garantir que não falte energia para a população, investindo na expansão do sistema e em energias limpas como a energia eólica e a energia solar para baratear o serviço e criar um sistema mais ecológico”.


ENERGIA – Entretanto, Zarattini lembrou que a energia eólica e a solar não são consideradas energias firmes. Isso significa que elas não têm uma produção permanente, continuada, dependem de fatores climáticos com sol, chuva, ventos. “Por isso, nós temos que compatibilizar essas formas de energia com outras que sejam mais firmes e potentes. Mas é fato que esse modelo mais moderno vai ser muito difícil de implantar diante da privatização das empresas”, concluiu.

Veja a entrevista na íntegra