Sem condições de se reeleger, Bolsonaro tumultua processo eleitoral brasileiro, alerta Zarattini

Durante conversa com Francisco Teixeira, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o parlamentar condenou o discurso golpista de Jair Bolsonaro e de parte dos militares das Forças Armadas, que têm insistido na tentativa de interferir no processo eleitoral

11 maio 2022, 16:33 Tempo de leitura: 1 minuto, 46 segundos
Sem condições de se reeleger, Bolsonaro tumultua processo eleitoral brasileiro, alerta Zarattini

A eleição deste ano será um plebiscito e terá o povo brasileiro votando contra ou a favor do desastre que é o governo Bolsonaro, disse o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), nesta terça-feira (10), em live nas redes sociais.

Durante conversa com Francisco Teixeira, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o parlamentar condenou o discurso golpista de Jair Bolsonaro e de parte dos militares das Forças Armadas, que têm insistido na tentativa de interferir no processo eleitoral.

“Ele não conseguiu aprovar o voto impresso aqui na Câmara, e agora insiste em dizer que os militares irão tutelar as eleições. Isso é um grande absurdo porque os militares não têm nada a ver com isso. O papel dos militares é a defesa nacional e não a supervisão das eleições”.

O parlamentar apontou a estratégia montada por Bolsonaro para tirar a credibilidade do processo eleitoral no Brasil como um movimento desesperado de um presidente que não tem mais condições de se reeleger.

“A cada dia que passa, fica evidente que o Bolsonaro não tem condição de se reeleger. Esse é um governo que levou a morte mais de 660 mil pessoas durante a pandemia, é o governo do desemprego, dos preços altos, da volta da inflação, da desorganização da saúde e da educação em nosso país”, constatou.

Na visão do professor Francisco Teixeira, a tentativa de golpe contra as urnas eletrônicas, a partir de uma impressão equivocada por parte dos militares de que as Forças Armadas formam um quarto poder e possuem um papel moderador sobre o Estado, tem uma explicação histórica e está ligada ao golpe militar que colocou fim ao regime monárquico no Brasil.

“Existe uma concepção histórica na cabeça dos militares de que eles ocupam o poder moderador do Brasil. Então, fica essa noção de que a qualquer hora eles podem interferir na política. Mas os militares não formam poder na República. Eles são funcionário”, classificou o professor.