Governo pagou R$ 361 mil por postagens sobre ‘cuidado precoce’ para a Covid-19

Segundo uma planilha enviada pela Secom à CPI da Covid, o dinheiro serviu para a contratação de 28 publicações nas contas de quatro influenciadores. Além dos R$ 361 mil, outros R$ 302 mil foram gastos para a contratação de 17 radialistas de todas as regiões do Brasil pelo tratamento precoce, que não tem comprovação científica para o enfrentamento à Covid-19

6 ago 2021, 17:26 Tempo de leitura: 1 minuto, 54 segundos
Governo pagou R$ 361 mil por postagens sobre ‘cuidado precoce’ para a Covid-19

Segundo uma planilha enviada pela Secom à CPI da Covid, o dinheiro serviu para a contratação de 28 publicações nas contas de quatro influenciadores. Além dos R$ 361 mil, outros R$ 302 mil foram gastos para a contratação de 17 radialistas de todas as regiões do Brasil pelo tratamento precoce, que não tem comprovação científica para o enfrentamento à Covid-19

A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo federal entregou documentos à CPI da Covid apontando que a administração de Jair Bolsonaro pagou no final do ano passado R$ 361 mil para divulgar no Instagram o chamado “cuidado precoce” contra a Covid-19. Os documentos foram entregues no último dia 30 em resposta a um pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito. 

De acordo com uma planilha enviada pela secretaria, o dinheiro serviu para a contratação de 28 publicações nas contas de quatro influenciadores. Cada um deles deveria fazer uma postagem fixa e seis stories. O gasto foi autorizado em 24 de dezembro de 2020. As informações foram publicadas em reportagem do portal Uol

Dos R$ 361 mil gastos na campanha, R$ 23 mil (6,37% do total) foram usados para pagar cachês a quatro influenciadores contratados: Flávia Viana (R$ 11,5 mil), João Zoli (R$ 6.000), Jessika Taynara (R$ 3.000) e Pam Puertas (R$ 2.500). Segundo a planilha, o restante foi destinado à empresa FKD Comunicação, responsável pela campanha. 

Além dos R$ 361 mil usados para contratar as publicações no Instagram, outros R$ 302 mil foram gastos para a contratação de 17 radialistas de todas as regiões do Brasil. Conforme a planilha, a cada um deles cabia produzir até nove merchandisings de rádio e dois publiposts (postagens patrocinadas nas redes sociais).

No âmbito dessa mesma campanha, o governo Bolsonaro pagou cachês em separado a seis apresentadores para fazerem “ações de merchandising” sobre cuidado precoce em seus programas de TV. Foram contratados os jornalistas Cesar Filho, da Record (R$ 93,6 mil), Sikêra Jr, da Rede TV! (R$ 24 mil), Marcelo Carvalho, da Rede TV! (R$ 10 mil), Milton Neves, da Band (R$ 7.200), Otávio Mesquita, do SBT (R$ 6.300) e Benjamin Back, do SBT (R$ 5.600).

Via  Brasil 247

Matéria publicada no site Canal da Resistência e replicada neste canal