Abandono das pequenas empresas aprofunda crise econômica

Sem apoio às empresas, e com o desemprego em disparada, a recuperação imediata da economia prometida por Guedes é uma falácia. As empresas que resistirem encontrarão grandes dificuldades para enfrentar as novas regras sanitárias e a redução dos clientes

7 jul 2020, 19:38 Tempo de leitura: 2 minutos, 5 segundos
Abandono das pequenas empresas aprofunda crise econômica

Sem apoio às empresas, e com o desemprego em disparada, a recuperação imediata da economia prometida por Guedes é uma falácia. As empresas que resistirem encontrarão grandes dificuldades para enfrentar as novas regras sanitárias e a redução dos clientes

O governo não tem proposta para enfrentar a crise durante a pandemia e menos ainda um projeto para a retomada da economia. Sem dar respostas à falência das empresas e ao desemprego, o ministro Paulo Guedes vende a ilusão de um futuro promissor.

A única alternativa que apresenta, no entanto, é a velha tese da privataria tucana. Segundo o mascate neoliberal, nos próximos “30, 60, 90 dias” o governo fará três ou quatro “grandes” privatizações. Lembrado o próprio Paulo Guedes, a economia vive um “bom momento” para “ganhar dinheiros com as grandes empresas e perder com as pequenas”.

A falta de apoio às micro e pequenas empresas durante a pandemia é a ponte para o futuro desastre da economia na pós-pandemia. Até a semana passada, apenas 17% do crédito para socorrer empresas foi desembolsado pelos bancos. Sem apoio agora, um grande número de micro e pequenas empresas não resistirá à redução do mercado no período pós-flexibilização.

Do total de R$ 70 bilhões anunciados, apenas R$ 12,1 bilhões foram executados. Dos 39% de pequenos empresários que buscaram socorro financeiro, apenas 17% tiveram sucesso. Os recursos foram liberados aos bancos, mas não chegaram nas mãos dos empresários. A maioria não resistiu à burocracia e às inexequíveis garantias por parte dos bancos.

Sem apoio às empresas, e com o desemprego em disparada, a recuperação imediata da economia prometida por Guedes é uma falácia. As empresas que resistirem encontrarão grandes dificuldades para enfrentar as novas regras sanitárias e a redução dos clientes. O aumento do desemprego e a redução do poder de compra dos trabalhadores ampliam o caldeirão do caos.

Os indicadores do desemprego durante a pandemia completam a sinalização da dramática realidade. Para cada brasileiro com carteira assinada que perdeu o emprego durante a pandemia, dois trabalhadores informais ficaram sem trabalhar. No período analisado, 3,98 milhões de trabalhadores informais perderam sua principal fonte de renda.

Redação com informações da Folha

Matéria publicada originalmente no site Partido dos Trabalhadores e replicada neste canal.