Petistas criticam veto de Bolsonaro à ampliação de auxílio emergencial para várias categorias

Já o líder da Minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), ressaltou que esse veto é mais uma maldade do atual governo contra a população, e que precisa ser derrubada pelo parlamento.

15 maio 2020, 14:56 Tempo de leitura: 2 minutos, 41 segundos
Petistas criticam veto de Bolsonaro à ampliação de auxílio emergencial para várias categorias
Divulgação

Crueldade, maldade e falta de compromisso com a população mais pobre. Esses foram alguns dos adjetivos usados por parlamentares da Bancada do PT na Câmara para classificar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei (PL 873/2020) – aprovado pelo Congresso Nacional em 22 de abril – que estende o auxílio emergencial de R$ 600 a várias categorias de trabalhadores. Entre os prejudicados estão diaristas, manicures, pedicures, catadores de recicláveis, camelôs, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, feirantes, garçons, mineiros, garimpeiros, trabalhadores da cultura, pescadores, marisqueiras, taxistas, motoristas de aplicativo, caminhoneiros entre outros.

Para o líder da Bancada do PT, deputado Enio Verri (PT-PR), a atitude de Bolsonaro demonstra que ele não se importa com a sobrevivência da população brasileira durante a pandemia. Verri disse ainda que este é mais um motivo para o impeachment do atual presidente.

“Esse é mais um crime contra a população brasileira, dentre tantos outros praticados por Bolsonaro contra aqueles que verdadeiramente produzem a riqueza deste País, ao contrário do grande capital e dos bancos. Esse governo é lento ou ausente para atender os mais pobres, os que mais precisam do Estado. Essa atitude dele apenas fortalece a nossa luta pelo impeachment de Bolsonaro”, destacou.

Já o líder da Minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), ressaltou que esse veto é mais uma maldade do atual governo contra a população, e que precisa ser derrubada pelo parlamento.

“A maldade de Bolsonaro não tem limites. Ele vetou o pagamento de auxílio emergencial para diversas categorias. Mais uma vez, Bolsonaro demonstra que está se lixando para o povo. Vamos trabalhar pra derrubar esse veto. Bolsonaro prefere liberar milhões para os bancos e grandes empresários do que combater à fome nas famílias brasileiras”, disse.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Helder Salomão (PT-ES), acusou o governo de querer matar a população de fome.

“Absurdo! Bolsonaro cortou o auxílio emergencial de mais de 50 categorias. Pescadores artesanais, agricultores familiares, cooperados de catadores de materiais recicláveis, taxistas, motoristas de aplicativo, entre outras. Bolsonaro quer matar o povo de fome”.

Bolsa Família e pais solteiros prejudicados

O presidente Bolsonaro também vetou outro dispositivo que constava do projeto aprovado pelo Congresso que permitia o acúmulo do Bolsa Família com o auxílio emergencial. Ele ainda negou outro benefício concedido a pais solteiros provedores da família que recebessem o auxílio emergencial em dobro (R$ 1200), da mesma forma como as mães solteiras chefes de família recebem.

Umas das poucos trechos da lei sancionados por Bolsonaro foi o que permite as mães adolescentes receberem o auxílio de R$ 600, e que permite a suspensão de parcelas do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) para contratos que estavam com pagamento em dia antes do início da decretação do estado de calamidade pública por conta da pandemia.

Os vetos de Bolsonaro serão apreciados pelo Congresso Nacional, em data a ser definida pelo presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Matéria publicada originalmente pelo site PT na Câmara e republicada por este canal.