Coronavírus: Bancada do PT propõe tornar permanente o auxílio emergencial

O líder da Minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT/SP), destacou a importância da proposta no combate a crise econômica. Segundo ele, o Brasil precisa adotar medidas para impedir o agravamento da fome e da miséria.

15 maio 2020, 11:11 Tempo de leitura: 3 minutos, 3 segundos
Coronavírus: Bancada do PT propõe tornar permanente o auxílio emergencial

A Bancada do PT apresentou hoje (14) um projeto de lei (PL 2632/20) que torna permanente o atual auxílio emergencial aprovado pelo Congresso Nacional para mitigar os efeitos econômicos e sociais da pandemia de coronavírus. Segundo o líder do PT, Enio Verri (PR), não são suficientes os pagamentos de apenas três parcelas ao longo de um trimestre, “diante da perspectiva de grande duração da pandemia e de suas consequências”. Segundo ele, “a fome não vai esperar a retomada da economia”.

O líder da Minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT/SP), destacou a importância da proposta no combate a crise econômica. Segundo ele, o Brasil precisa adotar medidas para impedir o agravamento da fome e da miséria. “O povo já estava sofrendo com o desemprego e agora com a pandemia esse cenário deverá se agravar. Por isso, é dever do Estado proteger o povo e garantir comida na mesa da população”.

A bancada justifica que é esperada uma queda na renda de toda a sociedade para o período pós pandemia, além da desestruturação do mercado de trabalho e, em decorrência, o maior empobrecimento e ampliação dos setores mais vulneráveis social e economicamente.

Período de transição

Segundo a Bancada do PT, evolução dos fatos decorrentes da pandemia e a falta de condições reais de resgatar trabalhadores e trabalhadoras informais, bem como dos microempreendedores individuais resgatarem o potencial de suas atividades, “torna o período de 3 meses previsto para o pagamento do auxílio insuficiente”.

A previsão de intensa contaminação pela Covid-19 ainda em julho ou agosto, além da necessidade de um período de transição entre o choque do isolamento e a efetiva retomada da atividade, com a responsabilidade necessária, deverá ser lenta para o mercado de trabalho reagir após os momentos de crise.

Distanciamento social

A Lei 13.982, de 2 de abril de 2020, recentemente sancionada, foi fruto de um amplo esforço do Congresso Nacional para garantir uma renda emergencial e temporária a toda a população que teve sua existência diária e segurança alimentar atingidas com a abrupta interrupção das atividades econômicas em virtude da orientação de auto isolamento e distanciamento social necessários para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

A lei aprovada pelo Congresso Nacional garante R$ 600,00 por pessoa ou até R$ 1.200,00 por família. O governo Bolsonaro propunha um auxílio de apenas R$ 200,00 por família.

Poupança digital

Pela proposta da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, o auxílio será operacionalizado e pago em prestações mensais, por instituições financeiras públicas federais, que ficam autorizadas a realizar o seu pagamento por meio de conta do tipo poupança social digital, de abertura automática em nome dos beneficiários.

A instituição financeira que receber o recurso para realizar o pagamento do auxílio emergencial não poderá usar total ou parcialmente o valor para cobrir eventuais débitos em nome do beneficiário, propõe a bancada.

Ainda segundo a proposta, o poder público, em conjunto com órgãos e entidades vinculados ao Sistema Único de Assistência Social, realizará busca ativa e assistirá os trabalhadores que enfrentem dificuldade ou impossibilidade de utilização da plataforma digital criada para a autodeclaração e solicitação do auxílio emergencial de que trata esta Lei.

Leia a íntegra da proposta:

PL-2632-2020

Matéria publicada originalmente pelo site PT na Câmara https://cutt.ly/Ly1Hklz e republicada por este canal.