Em entrevista à TV Fórum, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) fez uma análise dos resultados das eleições municipais em São Paulo e criticou a gestão do atual prefeito, Ricardo Nunes, enfatizando a importância de apresentar propostas concretas aos cidadãos paulistanos.
Para o deputado, a campanha no segundo turno deve focar em apresentar as propostas do candidato Guilherme Boulos (Psol), que verdadeiramente atendem às necessidades da população. “Os governos do PT sempre trataram melhor a periferia de São Paulo. Precisamos mostrar que podemos fazer mais do que foi feito até agora”, concluiu.
Zarattini apontou que muitos eleitores se sentiram enganados pelas promessas não cumpridas de Ricardo Nunes. “Precisamos buscar todos os eleitores, inclusive os que estão decepcionados diante da propaganda enganosa do Nunes”, ressaltou.
O parlamentar acusou Nunes de copiar propostas. “Quando o Boulos apresentou o Poupatempo da Saúde, Nunes correu e inventou outro negócio, com outro nome, que é a mesma coisa. A verdade é que ele passou três anos e meio sem colocar nada para funcionar em São Paulo, apenas fez obras emergenciais superfaturadas”.
Eleições no país: Durante a entrevista, o deputado também abordou o desempenho do PT nas eleições, afirmando que, apesar das dificuldades, o partido cresceu. “Nós melhoramos o número de prefeitos e de vereadores e ainda aumentamos em 2 milhões o número de votos”, destacou.
Zarattini enfatizou o impacto das emendas parlamentares nas eleições municipais no interior do Brasil, especialmente nas cidades médias e pequenas. “O Centrão, como maioria do Congresso, tem a maioria das emendas. Ele despeja essas emendas, principalmente nas cidades médias e pequenas, o que ajuda os prefeitos a serem reeleitos ou a eleger seus sucessores”, explicou.
A reeleição do Lula e a necessidade de conquistar governadores e senadores também foi tema de debate. “As batalhas serão gigantescas e precisamos evitar que o bolsonarismo faça maioria no Senado”, alertou, mencionando a articulação da extrema direita no Congresso Nacional para aprovar pautas de costumes ou que podem comprometer a democracia no Brasil.
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