Marcha das Margaridas: mulheres ocupam as ruas de Brasília na luta por direitos

O evento ocorre a cada quatro anos e é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), pelas federações e sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras

16 ago 2023, 19:17 Tempo de leitura: 1 minuto, 48 segundos
Marcha das Margaridas: mulheres ocupam as ruas de Brasília na luta por direitos

A sétima edição da Marcha das Margaridas ocorreu nesta quarta-feira, 16, em Brasília, reunindo aproximadamente 100 mil mulheres da cidade, do campo, aldeias que juntas marcham até o Congresso Nacional na defesa de pautas como democracia, maior participação das mulheres na política, agroecologia, autonomia econômica e vida livre de todas as violências. O presidente Lula participou do ato de encerramento.

“Esse é um movimento importante que vem à Brasília para apresentar suas pautas de reivindicações para o governo federal. Depois de um período difícil na luta, as margaridas finalmente estão sendo bem recepcionadas”, disse Zarattini.

O evento ocorre a cada quatro anos e é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), pelas federações e sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras.

O ato recebe o nome de Marcha das Margaridas em homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada em 1983, por sua luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras rurais. Margarida Maria se tornou símbolo da resistência de milhares de mulheres e homens que buscam justiça e dignidade.

Pautas da Marcha das Margaridas em 2023:

Democracia participativa e soberania popular;
Poder e participação política das mulheres;
Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo;
Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade;
Proteção da natureza com justiça ambiental e climática;
Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética;
Democratização do acesso a terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios;
Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns;
Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional;
Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda;
Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária;
Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo;
Universalização do acesso à internet e inclusão digital.

*Com informações da Agência Brasil

Veja o vídeo: