Pelo 22º ano consecutivo, o Partido dos Trabalhadores lidera a lista dos parlamentares mais influentes no Congresso Nacional, conforme avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A lista é preparada anualmente há 28 anos pelo Diap, com os 100 deputados e senadores que protagonizam o processo legislativo. A lista foi divulgada na sexta-feira ( 27).
O PT aparece em primeiro lugar com 17 parlamentares – 11 deputados e todos os seis senadores do partido. Entre eles os líderes na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass (RS), e no Senado, Paulo Rocha (PA). A presidenta nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o líder da Oposição no Congresso, Arlindo Chinaglia (SP), também estão entre os mais influentes do Congresso.
Além do líder Bohn Gass, entre “Os cabeças do Congresso” aparecem o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), e o senador Jean Paul Prates (RN). Esse grupo, na definição do Diap, é integrado por parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de suas qualidades e habilidades.
Força do PT
Na lista dos mais influentes na Câmara estão, ainda, Afonso Florence (BA), Alexandre Padilha (SP), Carlos Zarattini (SP), Enio Verri (PR), Erika Kokay (DF), José Guimarães (CE), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP).
Além do líder do PT no Senado, Paulo Rocha, e do senador Jean Paul Prates, constam também da lista de mais influentes do Congresso os senadores Jaques Wagner (BA), Humberto Costa (PE), Paulo Paim (RS) e Rogério Carvalho (SE). Paim é o único parlamentar – seja como deputado ou senador – que está na lista do Diap desde a sua primeira edição, em 1994.
Está em “Ascensão” nesta edição de 2021, podendo figurar nas próximas edições dos “Cabeças” do Congresso Nacional, a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Para o Diap, quem está em “ascensão” é o parlamentar que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas. Estão também nessa categoria os parlamentares que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento.
Ao longo dos 28 anos de levantamento do Diap, no acumulado, o PT é o partido com a maior quantidade de congressistas a figurarem no ranking: 592 parlamentares. Em segundo lugar, está o PSDB, com 397. Na lista deste ano, figura 20,75% da Bancada do PT na Câmara e 100% da Bancada no Senado Federal.
A oposição ao governo Bolsonaro conta com 39% da elite e é liderada pelo PT, com 17 parlamentares. É seguido do PDT, com sete parlamentares, do PCdoB, com seis, do PSB, com quatro parlamentares, e do PSOL, também com quatro. O REDE tem um senador entre os mais influentes.
Na oposição ao governo são cinco novos parlamentares na elite do Parlamento. O PT destaca-se com três parlamentares que entraram para o seleto grupo dos “Cabeças” do Congresso Nacional 2021, seguido do PSOL e do PV com um novo representante cada. Os novos “Cabeças” do Congresso Nacional 2021 em relação ao número de mandatos revelam que há 13 parlamentares no 1º mandato, em 2º e 3º mandatos são três parlamentares cada e, no 4º mandato, apenas um.
Critérios
Dois partidos empatam no segundo lugar do ranking do Diap, que acompanha sistematicamente o dia a dia do Parlamento brasileiro: PP, com seis deputados e três senadores e o DEM, com o mesmo número de deputados e senadores. Em terceiro, o MDB, com dois deputados e três senadores, em quarto o PSDB e em quinto o PDT.
Segundo o Diap, Os “Cabeças” do Congresso Nacional são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades levadas em conta no levantamento. Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, destacam-se a “capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão”.
A entidade afirma que neste ano a escolha dos parlamentares mais influentes foi impactada por dois episódios, ambos decorrentes da pandemia de Covid-19, que levou ao isolamento social. O primeiro foi a adoção do sistema remoto de deliberação, que dificulta identificar os parlamentares mais presentes nas articulações e negociações, já que estas ficam muito restritas aos líderes e relatores nesse período.
O segundo episódio foi o início da instalação das comissões permanentes da Câmara dos Deputados em meados de março e se estendendo até abril. Esses colegiados são instâncias importantes de poder, que ajudam a identificar quem tinha prestígio para ser indicado por suas bancadas para presidir um colegiado temático. Isto, entretanto, não impediu que se chegasse aos parlamentares mais influentes do ano em curso, afirma o Diap.
Redação PT na Câmara.