Presidente Jair Bolsonaro conseguiu aumentar a desigualdade no país e ampliar a miséria, com perda progressiva de renda dos empregados. Até trabalhador com curso universitário ficou mais pobre. E quem diz isso é o IBGE. A crise vai piorar em dezembro, quando 67 milhões de pessoas perderem o auxílio emergencial de R$ 600
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem mostrando os efeitos práticos da política econômica devastadora do presidente Jair Bolsonaro, idealizada pelo ministro Paulo Guedes, que revelam a dimensão do estrago no povo. Dados da pesquisa PNAD-Covid, divulgadas pelo IBGE, mostram que o aumento da pobreza no país foi agravado pela pandemia e a política de extermínio do Palácio do Planalto.
A crise sanitária tirou até um quarto do rendimento dos trabalhadores no país, mesmo com Guedes prometendo uma decolagem da economia. Nada menos que 27,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras formais e informais que não têm instrução perderam 25% de renda. Bolsonaro está garantindo que a vida da maioria do povo continue a piorar, 15 meses depois de Guedes assumir o Ministério da Economia. O povo trabalhador menos escolarizado foi o mais atingido, mas até aqueles com diploma universitário sofreram perdas expressivas.
O IBGE mostra um prejuízo maior aos trabalhadores com apenas o primeiro grau. Na média para todas as escolaridades, a perda de renda obtida pelo trabalho era de 17% até junho, antes da flexibilização da quarentena. É o pior cenário desde 2012, quando a pesquisa da Pnad Contínua passou a ser realizada pelo IBGE.
É a renda, dinheiro na mão do povo que faz a economia rodar, sem emprego, sem trabalho, nenhum país vai pra frente”, critica a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
A queda de renda dos trabalhadores vem desde o Golpe de 2016, com o impeachment fraudulento que afastou a presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República. No primeiro semestre de 2020, o empobrecimento dos trabalhadores foi recorde: tombo de 15% no rendimento entre fevereiro e junho. Isso significou R$ 34 bilhões a menos na economia no período. Em quatro meses de pandemia, o desemprego, que em 2014 foi de pouco mais de 4%, no governo do PT, cresceu 27% até junho de 2020, com Bolsonaro. Enquanto isso, Guedes pressiona por mais trabalhadores em estado de precariedade.
Nesta segunda-feira, 28 de setembro, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), denunciou a omissão covarde do Palácio do Planalto. “Com a ausência de projetos do atual governo, os interesses do poder econômico se sobressaem à necessidade de se trazer uma perspectiva de emprego, renda e dignidade para o povo brasileiro”, ressaltou. A desigualdade social e a piora nas condições de vida do povo levaram o PT a apresentar, há uma semana, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil.
Desde maio passado, o desemprego aumentou em 27%, totalizando 12,9 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho, 2,9 milhões a mais do que o registrado em 2019. Ao mesmo tempo,107 milhões de famílias serão atingidas com a redução pela metade do valor do auxílio emergencial. A falência de cerca de 700 mil pequenos negócios até junho completa o cenário do desastre econômico e social no país – a mais nefasta herança de um governo na história do país.
Da Redação
Matéria publicada no site Partido dos Trabalhadores e replicada neste canal.