Guedes consegue de novo: trabalhadores perdem 25% da renda. É a maior queda já registrada na história

Presidente Jair Bolsonaro conseguiu aumentar a desigualdade no país e ampliar a miséria, com perda progressiva de renda dos empregados. Até trabalhador com curso universitário ficou mais pobre. E quem diz isso é o IBGE. A crise vai piorar em dezembro, quando 67 milhões de pessoas perderem o auxílio emergencial de R$ 600

29 set 2020, 15:15 Tempo de leitura: 3 minutos, 6 segundos
Guedes consegue de novo: trabalhadores perdem 25% da renda. É a maior queda já registrada na história

Presidente Jair Bolsonaro conseguiu aumentar a desigualdade no país e ampliar a miséria, com perda progressiva de renda dos empregados. Até trabalhador com curso universitário ficou mais pobre. E quem diz isso é o IBGE. A crise vai piorar em dezembro, quando 67 milhões de pessoas perderem o auxílio emergencial de R$ 600

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem mostrando os efeitos práticos da política econômica devastadora do presidente Jair Bolsonaro, idealizada pelo ministro Paulo Guedes, que revelam a dimensão do estrago no povo. Dados da pesquisa PNAD-Covid, divulgadas pelo IBGE, mostram que o aumento da pobreza no país foi agravado pela pandemia e a política de extermínio do Palácio do Planalto.

crise sanitária tirou até um quarto do rendimento dos trabalhadores no país, mesmo com Guedes prometendo uma decolagem da economia. Nada menos que 27,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras formais e informais que não têm instrução perderam 25% de renda. Bolsonaro está garantindo que a vida da maioria do povo continue a piorar, 15 meses depois de Guedes assumir o Ministério da Economia. O povo trabalhador menos escolarizado foi o mais atingido, mas até aqueles com diploma universitário sofreram perdas expressivas.

O IBGE mostra um prejuízo maior aos trabalhadores com apenas o primeiro grau. Na média para todas as escolaridades, a perda de renda obtida pelo trabalho era de 17% até junho, antes da flexibilização da quarentena. É o pior cenário desde 2012, quando a pesquisa da Pnad Contínua passou a ser realizada pelo IBGE.

É a renda, dinheiro na mão do povo que faz a economia rodar, sem emprego, sem trabalho, nenhum país vai pra frente”, critica a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

A queda de renda dos trabalhadores vem desde o Golpe de 2016, com o impeachment fraudulento que afastou a presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República. No primeiro semestre de 2020, o empobrecimento dos trabalhadores foi recorde: tombo de 15% no rendimento entre fevereiro e junho. Isso significou R$ 34 bilhões a menos na economia no período. Em quatro meses de pandemia, o desemprego, que em 2014 foi de pouco mais de 4%, no governo do PT, cresceu 27% até junho de 2020, com Bolsonaro. Enquanto isso, Guedes pressiona por mais trabalhadores em estado de precariedade.

Nesta segunda-feira, 28 de setembro, o líder do PT no SenadoRogério Carvalho (SE), denunciou a omissão covarde do Palácio do Planalto. “Com a ausência de projetos do atual governo, os interesses do poder econômico se sobressaem à necessidade de se trazer uma perspectiva de emprego, renda e dignidade para o povo brasileiro”, ressaltou. A desigualdade social e a piora nas condições de vida do povo levaram o PT a apresentar, há uma semana, o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil.

Desde maio passado, o desemprego aumentou em 27%, totalizando 12,9 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho, 2,9 milhões a mais do que o registrado em 2019. Ao mesmo tempo,107 milhões de famílias serão atingidas com a redução pela metade do valor do  auxílio emergencial. A falência de cerca de 700 mil pequenos negócios até junho completa o cenário do desastre econômico e social no país – a mais nefasta herança de um governo na história do país.

Da Redação


Matéria publicada no site Partido dos Trabalhadores e replicada neste canal.