Término do auxílio emergencial pode agravar quadro catastrófico de pobreza e miséria

Diante da inércia e descaso do governo Bolsonaro no enfrentamento da crise sanitária e econômica que atinge o País, o auxílio emergencial foi a alternativa que a Bancada do PT na Câmara e os partidos de Oposição encontraram para ajudar as famílias e os trabalhadores brasileiros que se encontravam e se encontram em situação crítica […]

17 nov 2020, 17:53 Tempo de leitura: 3 minutos, 49 segundos
Término do auxílio emergencial pode agravar quadro catastrófico de pobreza e miséria

Diante da inércia e descaso do governo Bolsonaro no enfrentamento da crise sanitária e econômica que atinge o País, o auxílio emergencial foi a alternativa que a Bancada do PT na Câmara e os partidos de Oposição encontraram para ajudar as famílias e os trabalhadores brasileiros que se encontravam e se encontram em situação crítica de sobrevivência. Mas esse benefício – além de ser reduzido de R$ 600 para R$ 300 – acaba no dia 31 de dezembro.

Para evitar o quadro catastrófico que se aproxima com a retirada do auxílio, a bancada petista coordenada pelo seu líder, deputado Enio Verri (PR), em parceria com o líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) lutam incansavelmente no Parlamento para a prorrogação do benefício com seu valor original de R$ 600 enquanto durar a pandemia. Ao mesmo tempo, os líderes querem aprovar o projeto Mais Bolsa Família como forma de enfrentar o desemprego, o subemprego, a pobreza, a fome e a miséria.

“A bancada do PT continuará obstruindo as sessões da Câmara dos Deputados, exigindo que seja colocado em pauta a medida provisória (MP 1000/20) que reduziu de R$ 600 para R$ 300 o auxílio emergencial. Nós estamos convencidos de que na Câmara dos Deputados temos votos suficiente pra derrubar essa MP e voltar aos R$ 600 enquanto continuar a pandemia”, assegurou Enio Verri.

Mais Bolsa Família

Verri entende que a pandemia não acaba por decreto. Segundo ele, decreto assinado por Bolsonaro acaba no dia 31 de dezembro, mas a pandemia continua. “Infelizmente, parece-me que vem aí uma segunda onda de contágio. Nesse sentido, a luta por manter a renda emergencial, que é um projeto histórico do Partido dos Trabalhadores, tem que continuar enquanto perdurar a pandemia. Esse é um aspecto importante”, reiterou.

“Concomitante à manutenção dos R$ 600, nós protocolamos o projeto do Mais Bolsa Família, uma vez que o Programa Bolsa Família possui toda a sua estrutura estatística, científica, mas com valores maiores pode garantir e atingir mais pessoas e com valores mais justos. Vamos também pressionar para que seja colocado em pauta”, adiantou Verri.

Na opinião do líder da Minoria no Congresso Nacional, Carlos Zarattini, a proposta apresentada pela Bancada do Partido dos Trabalhadores é uma forma de reduzir a pobreza que se alastra pelo País. Ele criticou também o fato de Bolsonaro ter reduzido o valor do auxílio emergencial nesse momento crítico.

“Essa redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 é um corte pela metade no momento em que o preço dos alimentos tá aumentando. Então, nós vamos continuar lutando para voltar os R$ 600, e queremos abrir uma discussão sobre a ampliação do Bolsa Família, que é o que a gente chama Mais Bolsa Família, porque precisamos ter uma alternativa de curto prazo pra resolver o problema do aumento da pobreza em nosso País. Esse é o objetivo do PT”, explicou.

Prioridade Zero

Enio Verri lembrou ainda que para o presidente Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, resolver o problema do desemprego e subemprego que atinge o País, não é prioridade.

“A verdade é que enquanto Bolsonaro for presidente, com Paulo Guedes, como ministro da Economia, a prioridade nunca será emprego, não será desenvolvimento, nem justiça social. Como está se observando durante todo esse processo de pandemia, e mesmo no ano anterior à pandemia, o objetivo principal de Bolsonaro e Paulo Guedes é privilegiar o setor financeiro, o setor especulativo”, criticou Enio Verri.

Consciência crítica

O líder do PT disse ainda que a bancada petista trabalha para continuar mostrando à sociedade o que está acontecendo, para que assim, ela tome “consciência dos crimes que Bolsonaro vem cometendo”.

“A sociedade já sente esses crimes, mas ainda não tem consciência. Continuar lutando pelo impeachment de Bolsonaro, esse é o caminho de construção da consciência crítica da população para que possamos mudar de forma urgente, o presidente, com novas eleições e, enquanto isso, brigando na Câmara, pela construção de projetos alternativos para garantir a qualidade de vida do povo brasileiro”, afirmou Enio Verri.

Leia mais sobre o projeto Mais Bolsa Família

https://carloszarattini.com.br/portal/2020/09/24/pt-lanca-plataforma-de-apoio-ao-projeto-mais-bolsa-familia/

Matéria publicada originalmente no site PT na Câmara e replicada neste canal.
Fotos: Agência Brasil/Arquivo |  Agência Câmara dos Deputados/Arquivo | Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados.