Ato em São Paulo mostra resistência contra Reforma da Previdência

Durante o ato, lideranças lembraram-se dos companheiros do movimento de moradia Preta Ferreira, Angélica, Ednalva e Sidnei Oliveira, que foram presos de forma arbitrária, ou seja, sem provas e justificativas. Foram prestadas solidariedades à luta por moradia digna e destacado a tentativa de criminalização dos movimentos populares que lutam por direitos previstos na Constituição Federal.

11 jul 2019, 18:55 Tempo de leitura: 1 minuto, 55 segundos
Ato em São Paulo mostra resistência contra Reforma da Previdência
Foto: Elineudo Meira

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizaram nesta quarta-feira (10), ato contra a Reforma da Previdência do Bolsonaro. O evento ocorreu no fim da tarde no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) na Avenida Paulista.

Para Onofre Gonçalves, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), o 10 de julho ficará conhecido como o dia que os “canalhas” destruíram a maior conquista do povo brasileiro: a Previdência Social. “Tiraram direitos, acabaram com o que é a maior distribuição de renda do País, e agora mentem para a sociedade dizendo que vai gerar emprego, o mesmo discurso que usaram quando aprovaram a Reforma Trabalhista, que não gerou emprego”, criticou.

Edson Carneiro ‘Índio’ da Intersindical ressaltou o “toma lá, dá cá” de R$ 40 milhões em emendas do governo Bolsonaro, concedido para cada deputado que votar a favor da Reforma da Previdência. “O Congresso atropela a sociedade e procura votar uma reforma desconhecida da maioria da população”, disse ele. “O que o governo quer é acabar a aposentadoria por contribuição para impedir os pedreiros, domésticas… de se aposentarem e empurrar a classe média para aposentadoria privada pelos bancos”, ressaltou Índio.

Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo, ressaltou que a quarta-feira (10/7) era um dia triste devido à votação de um projeto que afeta a aposentadoria do trabalhador, mas também pela morte de dois companheiros: Paulo Henrique Amorim e Chico de Oliveira, que estavam juntos na resistência contra a Reforma do Bolsonaro, a prisão do Lula e todo retrocesso do governo Bolsonaro.

“Não perdemos nossa luta, nossa pressão será importante para derrotar a reformar no segundo semestre. Temos a tarefa de denunciar quem votou na reforma, não vai voltar ao Congresso Nacional”, afirma Douglas Izzo.

Durante o ato, lideranças lembraram-se dos companheiros do movimento de moradia Preta Ferreira, Angélica, Ednalva e Sidnei Oliveira, que foram presos de forma arbitrária, ou seja, sem provas e justificativas. Foram prestadas solidariedades à luta por moradia digna e destacado a tentativa de criminalização dos movimentos populares que lutam por direitos previstos na Constituição Federal.

Matéria publicada originalmente no site Agência PT de notícias e replicada neste canal.